Fábio Dias
26/12/2013
Garça 

Shoppings do país têm o pior Natal dos últimos cinco anos

As vendas de Natal dos shopping centers do país cresceram 5% em 2013

 As vendas de Natal dos shopping centers do país cresceram 5% em 2013, na comparação com o ano anterior, segundo pesquisa da Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop), divulgada nesta quinta-feira (26). O percentual é próximo ao alcançado em 2012, de 6%. 

Considerando o mesmo número de lojas, no entanto, foi o pior Natal em cinco anos, segundo o presidente da Alshop, Nabil Sayoun. Isso porque, diferente dos anos anteriores, a pesquisa atribui o avanço de 2013 ao aumento do número de lojas – não ao aumento no volume das vendas.

“Para vários segmentos do varejo, quando consideradas as mesmas lojas, o crescimento foi negativo ou mesmo o de 2012”, afirmou a Alshop.

“Não foi dentro da expectativa, que era de crescimento de 10% a 11%. De qualquer forma, o crescimento vegetativo trouxe um fator positivo para quem fez expansão de suas lojas”, disse Nabil Sahyoun.

Neste ano, 16 mil novas foram abertas em 38 shoppings inaugurados. Dos shoppings já existentes, 30% tiveram algum tipo de expansão.

Entre os fatores que afetaram o desempenho do setor estão o maior endividamento das famílias, que tem relação, segundo a pesquisa, com o aumento dos juros; a restrição ao crédito por famílias de menor renda; a alta carga tributária e até as manifestações que tomaram as ruas no meio do ano.

“Os gastos com presentes neste Natal de 2013 foram inferiores aos anos anteriores”, diz a associação.

Preocupação
“Esse movimento desse ano foi relativamente preocupante. Em anos anteriores, tivemos uma mescla. Poder de consumo estava melhor, não tivemos passeatas... Esse ano foi atípico. Se tirar tudo isso, na média, não houve crescimento. Se a gente considerar os últimos anos, é a primeira vez que isso acontece”, afirmou.

Considerando a evolução geral das vendas, de janeiro a dezembro, as vendas de shoppings cresceram 8% frente ao ano anterior e somaram R$ 132,8 bilhões, “motivadas pelo crescimento vegetativo das lojas e da necessidade de reposição pelos consumidores de suas necessidades essenciais”.

Para 2014, as perspectivas não são muito positivas. De acordo com Sayuon, o número de novos shoppings que deverão ser inaugurados será menor que em 2013. “Não existe tanto lojista para tanto shopping center. Devemos ter queda entre 20 e 25 shoppings inaugurados em função da fallta de lojista e do momento da economia.

“O câmbio é o que mais preocupa o setor por causa da inflação. A Copa deve influir positivamente a venda de alguns setores, como de bens duráveis (televisores), de alimentos. Trabalhos com perspectiva de crescimento real de 3%, que também deve se dar também ao crescimento vegetativo, à expansão dos já existentes e da abertura desses novos”, disse o presidente da associação.

 

Globo.com


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