Fábio Dias
23/09/2016
Garça 

Novo modelo de Ensino Médio é lançado em Brasília

Governador Alckmin participou da apresentação das novas propostas. São Paulo é também primeiro lugar no ensino médio, conforme dados do último IDEB

O governador Geraldo Alckmin participou nesta quinta-feira (22), em Brasília, da apresentação do novo modelo de Ensino Médio. A reformulação, por meio de Medida Provisória, passa a valer a partir da publicação no Diário Oficial e tem 120 dias para ser votada pelos parlamentares.
O estado de São Paulo está empatado com Pernambuco quanto aos índices de crescimento com relação ao ensino médio, são os melhores do país. São Paulo é o primeiro Estado a ocupar o topo do ranking dos três ciclos avaliados pelo Ideb - Índice de Desenvolvimento da Educação Básica. De acordo os resultados, a rede estadual paulista aparece na 1ª posição na análise do 5º e 9º anos do Ensino Fundamental e 3ª série do Médio. No ano passado, os alunos matriculados na rede estadual também obtiveram média histórica no Idesp. Na última avaliação, todos os níveis também avançaram.
"São Paulo está em primeiro lugar, junto com Pernambuco. Os dois estados têm o maior IDEP do país e ainda vamos melhorar muito. Essa é a boa iniciativa, é uma medida necessária porque o ensino médio é o grande desafio", disse o governador Geraldo Alckmin, em Brasília.
Na nova proposta divulgada hoje, o aluno faz as disciplinas básicas e, para completar o currículo, pode escolher aquelas que tenham mais a ver com os interesses dele. O objetivo é priorizar a interdisciplinaridade e a aplicação de conceitos de outras áreas. O aluno, no último ano, tem a chance de escolher por uma área de interesse para se aprofundar. Outra medida prevista é que, nos próximos dez anos, 50% dos matriculados cumpram jornada escolar em tempo integral de, no mínimo, sete horas por dia em todo o ensino médio.


Veja as principais mudanças previstas para o ensino médio
O presidente da República, Michel Temer (PMDB), e o ministro da Educação, Mendonça Filho (DEM), oficializaram nesta quinta-feira (22) uma série de mudanças para a implementação do ensino médio integral com currículo flexibilizado. A reformulação do ciclo foi feita através de uma medida provisória e as estimativas são de que existam turmas de ensino médio integral conforme o novo modela no primeiro semestre de 2017.
Entre as principais mudanças, está a ampliação da carga horária mínima anual -- as atuais 800 horas serão gradualmente ampliadas para um total de 1.400 horas. Para tanto, a jornada escolar do ensino médio diurno passará para um mínimo de sete horas diárias. A previsão é de que, até 2024, 50% das escolas de ensino médio no Brasil sejam contempladas pelo ensino integral.
O novo currículo será composto pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC), com disciplinas comuns para a primeira metade do ciclo, e por cinco ênfases específicas, organizadas nas áreas de linguagens, matemática, ciências da natureza, ciências humanas e formação técnica profissional. O aluno escolherá as disciplinas que deseja cursar conforme sua área de interesse a partir da segunda metade do ensino médio.
O ensino de língua portuguesa, matemática e língua inglesa deve permanecer obrigatório nos 3 anos, com carga horária mínima semanal de seis tempos de 50 minutos para português e matemática. Já disciplinas como artes e educação física deixam de ser obrigatórias nesse ciclo.
Há ainda a possibilidade de aproveitamento dos créditos adquiridos durante o ensino médio no ensino superior. Na prática, isso indicaria que, ao ingressar na universidade, o aluno não precisaria cursar matérias envolvendo competências e conhecimentos que ele já possui. No entanto, essa medida ainda deve ser regulamentada e homologada pelo Conselho Nacional de Educação (CNE) e pelo Ministério da Educação (MEC).
DO BOL


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