Fábio Dias
30/09/2016
Garça 

Um novo ator social

O idoso no Brasil ainda representa um problema social não equacionado. Hoje, mais de 21 milhões de pessoas, cerca de 13% da população brasileira, são idosas.

O idoso no Brasil ainda representa um problema social não equacionado.  Hoje, mais de 21 milhões de pessoas, cerca de 13% da população brasileira, são idosas. A realidade em que eles se encontram revela que as mínimas condições de sobrevivência nem sempre lhes são garantidas.

O envelhecimento humano não pode ser apenas considerado pela ótica da cronologia, ou seja, da idade. Diante de uma sociedade que impõe imperativos de produção, agilidade e modernidade, seria necessário também que houvesse para com os idosos uma percepção de vários outros aspectos.

Exatamente por questões biológicas e por serem idosos, eles apresentam algumas limitações ou pequenas dificuldades, mas isso não significa sua incapacidade de realizar tarefas.

O ser humano é preparado durante toda a sua vida e programado para exercer seu papel social representado por uma profissão. Portanto, ele já nasce predestinado a uma atividade, o trabalho, que por sua vez gera uma categoria universal que o humaniza e que permite a construção e a manutenção de uma cultura de produção na sociedade.

Ser “velho” é social e culturalmente considerado uma categoria de caracterização do idoso enquanto sujeito improdutivo.

 A partir do momento em que o idoso é considerado um sujeito capaz de desenvolver novos papéis sociais, constitui-se um novo ator social, capaz de lutar pelos seus direitos e mobilizar-se em favor do seu reconhecimento e melhores condições de vida.

 

Roseli Ap. Alves dos Santos é Assistente Social (CRESS 42.719) e presidente do COMDIG (Conselho Municipal de Direitos da Pessoa Idosa de Garça).


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