Fábio Dias
26/02/2018
Garça 

DIG esclarece latrocínio brutal em Marília

A Polícia Civil, através da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Marília, informou nesta sexta-feira (23) que esclareceu as circunstâncias da morte do representante comercial Sílvio César Soares Júlio, de 47 anos, encontrado em sua casa com diversos ferimentos e parte do corpo queimado.

A Polícia Civil, através da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Marília, informou nesta sexta-feira (23) que esclareceu as circunstâncias da morte do representante comercial Sílvio César Soares Júlio, de 47 anos, encontrado em sua casa com diversos ferimentos e parte do corpo queimado.

De acordo com a DIG, trata-se de um latrocínio. O crime ocorreu na madrugada de quinta-feira (22), na rua Prudente de Morais, bairro Alto Cafezal, zona oeste de Marília.

O brutal assassinato foi descoberto pelo Corpo de Bombeiros, que foi acionado para apagar um incêndio na casa onde Júlio vivia.

Policiais civis que estiveram no local viram que existia uma câmera de segurança. Eles apreenderam uma mídia com as imagens e encaminharam o material para a perícia técnica. Através das imagens recuperadas a polícia descobriu que duas moças estiveram no imóvel na data do crime.

Iniciadas as investigações pela DIG, se apurou que as mulheres eram Silvia Regina Evaristo da Silva, conhecida como “Arlequina”, de 23 anos, e Caroline Rosana Joca, de 20 anos.

Silvia se apresentou espontaneamente na delegacia e Caroline foi localizada em sua casa, na Rua Ribeirão Preto, ainda na noite de ontem (22).

“Segundo confissão das autoras, as duas conheciam Silvio e já tinham estado algumas vezes em sua casa, e de comum acordo resolveram roubá-lo. Elas marcaram encontro na data dos fatos, tendo ele as encontrado na Avenida Pedro de Toledo, e as levado para sua casa, onde chegaram a comer pizza juntos”, informou o delegado responsável pela DIG, Valdir Tramontini.

Ainda de acordo com Tramontini, “para o cometimento do delito, as autoras seduziram Silvio, fazendo com que ele se despisse, e sob a alegação de que iriam fazer strip-tease e outras práticas sexuais, conseguiram que ele consentisse em ter as mãos e as pernas amarradas com pedaços de tecidos, além dos olhos cobertos por uma máscara de dormir”.

Segundo o delegado, com a vítima amarrada e indefesa, Silvia e Caroline puseram em prática o crime, tendo aquela se sentado sobre as mãos amarradas e a barriga de Sílvio, enquanto que a outra tentou sufocá-lo com um travesseiro colocado sobre seu rosto.

Silvio ainda tentou se debater, ocasião em que as autoras pegaram uma espada tipo samurai, que já estava na residência, e juntas aplicaram um primeiro golpe no abdômen dele, cabendo a Sílvia a realização de outras dezenas de golpes.

Com a vítima morta, as autoras subtraíram diversos objetos, que foram carregados em duas bolsas, e antes de deixarem a residência, jogaram uma jaqueta de couro sobre a cabeça de Sílvio, na qual despejaram álcool e atearam fogo na vestimenta e no sofá daquele cômodo.

O homem não teve o corpo totalmente queimado devido a intervenção dos bombeiros.

Foram recuperados alguns dos objetos roubados (DVD, notebook, Playstation, modem) através de indicação das autoras. Durante a execução do crime, Silvio, já ferido por alguns golpes, pediu para ser poupado por possuir filhos, mas seu apelo foi em vão.

Caroline alegou que estava arrependida pela prática do crime, diferentemente de Silvia, que negou arrependimento, chamando atenção dos policiais pela enorme frieza com que relatou os fatos.

“Inquérito Policial tramita pela DIG, para cabal esclarecimento do crime, que se trata de latrocínio e prevê pena de 20 a 30 anos de reclusão”, finalizou o delegado.

As prisões temporárias de Silvia e Caroline foram decretadas por trinta dias e ambas serão encaminhadas à Cadeia Pública de Pirajuí.

 

fonte: Marilianoticia.com.br


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