Fábio Dias
12/04/2018
Garça 

Tabagismo: grupo 114 começa na próxima segunda-feira em Garça

Na próxima segunda-feira, 16, aqueles que por qualquer motivo ainda não conseguiram deixar o vício de fumar tem mais uma oportunidade de sair bem sucedido nessa "empreitada" que todos sabem, não é fácil.

Na próxima segunda-feira, 16, aqueles que por qualquer motivo ainda não conseguiram deixar o vício de fumar tem mais uma oportunidade de sair bem sucedido nessa “empreitada” que todos sabem, não é fácil. Na segunda-feira, dia 16 de abril o Ambulatório de Prevenção e Controle do Tabagismo em Garça inicia mais uma grupo de combate. O grupo 114 mantém o objetivo dos anteriores e visa oferecer apoio aos pacientes usuários do tabaco através de uma abordagem cognitivo comportamental e através do apoio medicamentoso, para que se consiga reduzir a morbimortalidade causada pelo tabaco e reduzir a prevalência de fumantes.

Os encontros dos grupos acontecem sempre a partir das 18h30 nas dependências da USF Dr. Palermo (à Rua Minas Gerais, 850) e são estruturados acordo com a capacitação e as instruções do Ministério da Saúde.

De acordo com Paulino de Oliveira Silva, psicólogo que atua na equipe multidisciplinar, muitas vitórias já foram conquistadas e a expectativa é que elas continuem.

Segundo o profissional, aqueles que deixaram de fumar receberam um presente, delas próprias.

“Com o abandono do vício, mesmo sabendo que não é fácil, a pessoa ganha mais qualidade de vida. Há sempre uma expectativa se a pessoa vai ou não abandonar o vício, mas o que sempre colocamos que o importante é ela tentar. Ela só vai saber se conseguirá, tentando”, falou ele.

Paulino convida todos que queiram deixar de fumar, ou que, queiram saber com o trabalho acontece, inclusive aqueles que, nessa luta que é diária, perderam uma batalha para o cigarro.

Mais uma vez o psicólogo salienta que o primeiro passo é o desejo real de abandonar o vício, seguido do ato concreto de procurar ajuda. São dois pontos considerados fundamentais pelo psicólogo Paulino de Oliveira Silva, que não esconde as dificuldades pelas quais muitos dos participantes passam.

“Sabemos que não é fácil abandonar o vício e o grau de dificuldade é individual. Cada pessoa tem uma reação, mas o que podemos salientar é que não é impossível. Os resultados que temos obtidos mostram que o trabalho alcança seus objetivos. Sim, nós temos desistência como também reincidências, mas pautamos sempre pelo abandono do vício”, falou ele.

Paulino explicou que o trabalho realizado no ambulatório em Garça é reconhecido e, embora aconteçam as reincidências, elas não podem ser vistas como derrota nem para a equipe de trabalho, nem para a pessoa que quer abandonar o vício. A reincidência acontece e muitos voltam e conseguem numa, segunda ou terceira tentativa, deixar o vício.

De acordo com o profissional, o tratamento não tem fórmula mágica, não é miraculoso e não tem procedimentos infundados. É um trabalho conjunto, cercado de profissionais que buscam, juntamente com os participantes, o abandono do vício. Entre os tratamentos realizados no ambulatório em Garça, estão os que utilizam medicamentos, como a reposição de nicotina (em adesivos ou gomas de mascar) associada ou não aos antidepressivos. Durante as quatro sessões com o psicólogo, o programa trabalha os seguintes temas: 1º encontro, “Entender porque se fuma e como isso afeta a saúde”; 2º encontro, “Os primeiros dias sem fumar”; 3º encontro, “Como vencer os obstáculos para permanecer sem fumar”; 4º encontro, “Benefícios obtidos após parar de fumar”.

Os interessados podem se inscrever através das unidades de Saúde de origem, bem como procurar diretamente o Ambulatório de Tabagismo. O único requisito para participar é o desejo de deixar de fumar. Os participantes do grupo passam por um processo que envolve inclusive a utilização de medicamentos.

Caso a pessoa opte por ir até a Unidade de Saúde, ela preencherá a ficha clínica, fará um teste específico e terá o encaminhamento para o ambulatório, para a integração nos grupos de combate. No entanto, se optar por ir direto ao ambulatório, também será feito um trabalho com essa pessoa procedendo todos os encaminhamentos necessários.

Os grupos estão desenvolvendo atividades específicas no combate ao uso do tabaco. O programa tem como objetivo reduzir o número de fumantes, conscientizando a população quanto aos malefícios causados pelo cigarro, promovendo melhor qualidade de vida e, consequentemente, a diminuição de doenças e mortes relacionadas ao tabaco.

Paulino convida todos àqueles que desejam abandonar o vício do cigarro e explicou que quem quiser participar do grupo, deve procurar a unidade mais próxima de sua residência e manifestar o interesse. 

Vale salientar que, segundo especialistas, encarar o tabagismo como doença e não como um simples hábito nocivo à saúde é o primeiro passo a ser dado pelos fumantes para largar o vício.

Como disse Paulino, as pessoas têm um preconceito com a busca por tratamentos, elas acham que parar de fumar é algo que têm de fazer sozinhas, sem ajuda, o que não é verdade.

 


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