Lucas Dias
18/07/2018
Garça 

Regularização na oferta influência queda nos preços das hortaliças e baixa chega nos mercados em Garça

As donas de casa em Garça andam animadas com os preços das hortaliças e legumes, quer seja nos supermercados, quer seja na feira livre. O pimentão, nos dias de promoção, pode ser comprado a menos de um real o quilo.

As donas de casa em Garça andam animadas com os preços das hortaliças e legumes, quer seja nos supermercados, quer seja na feira livre. O pimentão, nos dias de promoção, pode ser comprado a menos de um real o quilo. O brócolis segue no mesmo caminho e sai por menos de dois reais uma bandeja. Assim também estão os preços da cebola, da batata, do pepino caipira, do pepino japonês, da laranja, do repolho e até do tomate. A batata, que chegou a ser comercializada (nos dias de greve dos caminhoneiros) a quase 10 reais o quilo, pode ser encontrada por menos de um real.

“Eu estou adorando. É certo que tem os dias. Nos mercados mesmo só faço meu sacolão de terça, quarta ou quinta-feira. São os dias que os mercados colocam os preços dos legumes mais barato. A gente tem que saber aproveitar e acaba levando coisas boas e baratas para casa”, disse a dona de casa Maria José de Almeida Santana, moradora no Bairro Labienópolis.

Segundo ela, o compromisso nesses dias é verificar os folhetos de divulgação e ir in loco verificar a qualidade dos produtos ofertados.

“Não é porque está barato que a gente vai comprar qualquer coisa. Tem que estar com preço e qualidades bons”, frisou ela.

Assim como Maria José, outros garcenses têm a mesma rotina e conduta.

Para o empresário do ramo de pizza, os preços favorecem o ajudam a manter o valor de seus produtos.

“Somente agora subi um pouco o preço da pizza, mas até na época da crise a gente segurou. Esses preços estão bons. Uso tomate para tudo e tenho que aproveitar”, disse ele.

Admirada com o preço do pimentão, outra dona de casa, discutiu as receitas que pode fazer. Delicias da culinária que nem sempre podem ir à mesa.

“Já estou pensando em tudo. Normalmente o preço do pimentão não fica abaixo de 6 reais o quilo e agora estou pagamento menos que um real. Hora de fazer ele recheado, ou com tomate do jeito que meu esposo gosta”, falou ela à beira da banca no supermercado.

As principais hortaliças comercializadas no atacado ficaram mais baratas no último mês. Segundo o divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o bom resultado ao consumidor é reflexo do restabelecimento da oferta dos produtos nas Centrais de Abastecimento (Ceasas) do país, como aponta o 7º Boletim Prohort, divulgado nesta terça-feira (17).

Além do fim da greve dos caminhoneiros, que liberou o escoamento da produção, o segundo semestre é marcado pela entrada da safra de várias culturas, como no caso da cebola, que chegou a registrar diminuição de 40,85% no preço na Ceasa em Recife. A partir do segundo semestre, a produção da hortaliça é pulverizada pelo país com produtores do Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste abastecendo os principais mercados atacadistas. Com mais produto no mercado nacional, a possibilidade de importação também caiu, o que ajuda na redução dos preços.

Também seguiram as tendências de baixa o tomate, que teve maior queda registrada em Fortaleza (42,2%), a alface, tendo como destaque a redução de 54,5% em Recife, a cenoura, com redução de 41,4% em Goiânia, e a batata com queda de 30,6% no Rio de Janeiro.

Já os preços das frutas devem pesar na conta do mês. Ao analisar o comportamento da comercialização no atacado, foi verificada alta em três dos produtos analisados. A maior demanda pela maçã influencia na alta de até 16,9% registrada no Rio de Janeiro. Já a baixa oferta do mamão impulsionou o aumento nas cotações. No caso da banana, a entrada da fruta da Colômbia e do Paraguai refletiram na elevação dos preços no atacado. 

A melancia e a laranja chegaram a registrar queda em, pelo menos, quatro centrais analisadas. Mas, enquanto a melancia deve seguir com queda nos próximos meses, a laranja tende a registrar menor oferta do produto no mercado, já que a indústria deve intensificar a demanda da fruta para moagem.

Para aliviar o bolso e economizar na feira, foram registradas algumas quedas importantes de preços para o pêssego (14%), jabuticaba e graviola (11%), maracujá (9%), agrião (26%), rúcula (18%), beterraba (16%), rabanete e jiló (12%), couve-flor e berinjela (11%).


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