Lucas Dias
31/07/2018
Garça 

Retrolavagem na ETA e reforma nas estações elevatórias: fim do desperdício

Na lista de desafios a serem enfrentados e resolvidos João Carlos citou a questão do lodo na Estação de Tratamento (ETA) e o reuso da água de retrolavagem.

Na lista de desafios a serem enfrentados e resolvidos João Carlos citou a questão do lodo na Estação de Tratamento (ETA) e o reuso da água de retrolavagem. Hoje, segundo ele, a cada momento que se faz necessária a retrolavagem nos filtros, além de perder um volume grande de água, também não é dado um destino correto para o lodo.

“Precisamos melhorar essa eficiência no tratamento do lodo”, disse ele.

Mas se alguns pontos ainda se mostram como desafios, outros projetos estão mais avançados e, segundo João Carlos, um dos projetos que está mais avançado na área de saneamento é a questão da captação de um recurso junto ao Ministério das Cidades.

“É o recurso reembolsável financiado pela Caixa Econômica Federal na ordem de 3 milhões de reais. Vamos investir na área de saneamento. Temos projeto de remodelar, readequar e atualizar todas as estações elevatórias. Temos as estações elevatórias que fazem a proteção do Córrego do Barreiro, que estão situadas no Bairro do Jardim Paineiras. O Córrego do Barreiro é o nosso produtor é o que oferece água para a cidade”, falou João Carlos.

O prefeito lembrou ainda que ao mesmo tempo, paralelo as águas de contribuição do Córrego do Barreiro, as estações elevatórias demandam investimentos, visto que estão desatualizadas.

“São estações antigas que foram dimensionadas para um momento que a cidade estava menor. Hoje precisa fazer uma atualização de todos esses equipamentos. Esse projeto que vem agora com investimentos na ordem de 3 milhões de reais que serão financiados com recursos da Caixa, através do Avançar Cidades, possibilitará a substituição das estações elevatórias no Paineiras preservando o Córrego do Barreiro. O outro investimento é na emissão de esgoto do Morada do Sol (Sol-Tibiriçá) que agora remete todo o esgoto daquela área da cidade para a estação de tratamento do Tibiriçá”,

explicou ele completando que são sistemas muito antigos, que sempre apresentam problemas, por isso foram eleitos como prioridade a substituição desses emissários de esgoto.

 

 

Perdas ficam na ordem de 40%: meta é diminuir para 25%

 

Dentro da gama de investimentos João Carlos lembrou o sistema de monitoramento da produção, principalmente no que diz respeito a macro e a micro medição. O objetivo é poder trabalhar melhor a questão de perdas. “Iniciamos um levantamento que inicialmente tínhamos uma perda na ordem de 40%. Nosso objetivo, nossa meta para 2019 é que nossas perdas estejam indicando para 25%, mostrando com o indicador na ordem de 25%. É um desafio imenso, pois passa não só pela reestruturação das redes mas também para melhoria da nossa eficiência. Nosso objetivo, nossa meta é chegar a 25% com esses investimentos”, falou.

De acordo com o prefeito, é necessário, no que diz respeito as perdas,

fazer um trabalho forte com o uso adequado da água.

“Pretendemos trabalhar algumas legislações, principalmente para preservar o sistema de tratamento. Temos um grande problema na cidade que já foi detectado, que é a emissão de águas de chuvas, águas pluviais de chuvas de dentro das residências para dentro das redes de coleta de esgoto. Isso nos causa um problema imenso a nível de eficiência. Então vamos trabalhar também nos próximos meses legislações específicas que visam justamente isso: o uso indevido de rede de esgoto de água, fraudes e outras iniciativas para que melhore o relacionamento com os usuários do sistema de água, os clientes”, falou ele completando que tem como mapear de que residência saem as águas e por isso se faz necessário trabalhar legislações especificas.

 

 

PLANO 2018-2020


“O que queremos falar desse plano de 2018-2020, na verdade que é um plano de investimento de cinco anos e o nosso objetivo é que esse governo deixe projetos, orientação, recursos no médio e longo prazos, para que a próxima gestão tenha condição de assumir já com projetos na prateleira, com as prioridades eleitas para que a gente não perca tempo, pois na administração a gente observa que fica muito apagando incêndios. Nessas questões de água e esgoto a gente observa que esses incêndios irão acontecer só em momento muito críticos, ou seja, não adianta na hora que tiver o desabastecimento tentar arrumar uma solução que resolva o problema. Se não tiver um olhar para o futuro, não planejar isso não, preparar os projetos executivos, preparar fontes de recursos, não viabilizar recursos próprios”, falou João Carlos, salientando a meta de investir 20 milhões de reais a partir de agora, fora os 0 milhões da FUNASA.

“E natural e dentro do planejamento estamos falando que 10 milhões serão com recursos próprios. Parte desse recurso próprio já está disponível, mas também temos o objetivo, está traçado a meta de que o SAAE tem que ter superávit nos próximo cinco anos, porque parte desse superávit é que vai sustentar esses investimentos. Não tem milagre, os investimentos serão feitos com recursos, com dinheiro”, falou ele.

O prefeito disse que foi estabelecido junto ao SAAE uma meta de superávit para os próximos cinco anos. Superávit operacionais que, segundo ele, visam juntar esse superávit as disponibilidades financeiras já existentes em caixa hoje, mais os recursos a fundo não reembolsáveis e os reembolsáveis.

 


Não tem milagre: é preciso planejar e ter capacidade para executar

 

João Carlos salientou que não tem milagre e que precisa planejar, ter capacidade de execução do que está planejado e fidelidade naquilo que está proposto.

“Se assim não for, infelizmente, no médio prazo a gente acaba enfrentando dificuldades muito sérias que vão atravancar o crescimento e desenvolvimento da cidade e vai trazer dificuldade para a população. O que a gente quer é se antecipar aos fatos lançando esse plano de uma forma mais adequada. É muito importante não só as questões operacionais do SAAE que o Ulisses está à frente, mas também o envolvimento do Conselho que é composto por membros da sociedade, efetivamente participarem dessa tomada de decisão e, mais importante ainda é o envolvimento da sociedade, não só nas questões que envolvem a preservação e a conservação do consumo de agua de forma adequada”, disse João Carlos.

O prefeito salientou a intenção de contar com a ajuda de todos, de forma continuada, pelo menos por um pedido de um ano.

 


Garça é uma cidade privilegiada


Para o prefeito João Carlos dos Santos, Garça é uma cidade privilegiada pelo sistema de tratamento de agua e de esgoto.

“É natural que tenham demandas e que tenham coisas que precisam ser feitas, mas nosso sistema tem que ser reconhecido, é um sistema de grande valor. Ele está um pouco desatualizado, demanda de investimentos. Esse reservatório nunca foi mexido”, disse o prefeito.

“Não havia possibilidade de mexer porque ele era único, hoje nós temos mais um de 2.4 00.000 dentro da estação de tratamento de água, mais um de 1.300.000 dentro da estação de tratamento de água. Foi uma construção fantástica. Se você olhar você diz que não é possível que esteja de pé até os dias de hoje. Construção muito bem feita”, falou Ulysses.

De acordo com João Carlos é preciso mostrar para a população que é necessário fazer esse serviço e que durante a manutenção, corre-se o risco de racionamento de água. Outro ponto é mostrar que o SAAE está finalizando o planejamento que será apresentado posteriormente.

“Vai ser um compromisso da gestão, do SAAE, do conselho para os próximos cinco anos. E natural que o resultado operacional, a boa administração, a geração de resultado da autarquia é muito importante, porque se a autarquia for deficitária, tiver déficit operacional é natural que os investimentos fiquem comprometidos. Um dos desafios dos próximos cinco anos é o resultado superavitário operacionalmente desenvolvido pela equipe. É importante não só faze os investimentos, mas operar bem o sistema e fazer com que a autarquia seja superavitária”, disse João Carlos.

Segundo o prefeito, o superávit vem não só do amento da conta de agua, visto que a tarifa proporciona o equilíbrio dos custos básicos, rede elétrica que e o grande peso.

O SAAE, disse ele, é o maior consumidor de energia elétrica da cidade (mais de 200 mil reais mês) e agora com a bandeira dois mais aumento vem.

“Não vamos repassar aumento agora, mas tem que ter caixa para sustentar esse aumento. É claro que nos momentos adequados, de uma forma técnica os reajustes, quando necessário, acontecerão, mas o importante e ai está o maior foco nosso, é a eficiência. O resultado operacional ele se dá principalmente através da eficiência a boa gestão, a adequação de custos, o controle, a redução de despesas, o desperdício. Ele perde na hora de ofertar para a população, entre a micro e a macro medição 40% de suas receitas. Alguma coisa está errada e não podemos nos conformar com isso. São problemas de grande monta, de grande investimento, mas temos que resolver, como a substituição de toda rede de distribuição. Precisamos ter um olhar para o futuro”, finalizou o prefeito.


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