Lucas Dias
12/07/2018
Garça 

Tabagismo: grupo 116 recomeça na próxima segunda-feira em Garça

Finalizada a Copa do Mundo e adiada a comemoração do hexa por mais quatro anos a rotina voltou a imperar.

Finalizada a Copa do Mundo e adiada a comemoração do hexa por mais quatro anos a rotina voltou a imperar. Assim, num trabalho que não foi interrompido em razão dos jogos de futebol, na próxima segunda-feira, dia 16 de julho, o Ambulatório de Prevenção e Controle do Tabagismo em Garça recomeça o grupo 116 de trabalho.

Conforme explicou o psicólogo Paulino de Oliveira Silva, que integra a equipe multidisciplinar do ambulatório, na realidade o grupo 116 foi iniciado no dia 18 de junho, mas por falta de adesão não foi possível continua-lo.

“Tivemos início do grupo 116 no mês passado mas, num fato singular, desta vez não tivemos adesão daqueles que desejam abandonar o vício. Apenas três pessoas procuraram o ambulatório, mas o grupo acabou se esvaziando. Temos o princípio de que mesmo que seja um participante, ele é importante e, na segunda-feira retomamos o grupo. Ainda que uma pessoa procure o ambulatório, ela terá todo o processo de acompanhamento falou ele.

Paulino salientou que o objetivo primordial é oferecer apoio aos pacientes usuários do tabaco, realizando uma abordagem cognitivo comportamental com apoio medicamentoso, para que se consiga reduzir a morbimortalidade causada pelo tabaco e reduzir a prevalência de fumantes.

Os encontros dos grupos acontecem sempre a partir das 18h30 nas dependências da USF Dr. Palermo (à Rua Minas Gerais, 850) e são estruturados acordo com a capacitação e as instruções do Ministério da Saúde.

Embora o grupo iniciado em junho, por falta de adesão, o profissional salienta que muitas vitórias já foram conquistadas e a expectativa é que elas continuem.

“O abandono do vício representa uma vitória pessoal, que agrega saúde e qualidade de vida. Sabemos a dificuldade em abandonar o vício, e temos casos de recaídas, mas a importância está em tentar. É uma possibilidade concreta de abandonar o cigarro”, disse ele, convidando todos que queiram deixar de fumar, ou que, queiram saber com o trabalho acontece, inclusive aqueles que, nessa luta que é diária, perderam uma batalha para o cigarro.

“Sabemos que não é fácil abandonar o vício e o grau de dificuldade é individual. Cada pessoa tem uma reação, mas o que podemos salientar é que não é impossível. Os resultados que temos obtidos mostram que o trabalho alcança seus objetivos. Sim, nós temos desistência como também reincidências, mas pautamos sempre pelo abandono do vício”, falou ele lembrando que o primeiro passo é o desejo real de abandonar o vício, seguido do ato concreto de procurar ajuda.

Paulino explicou que o trabalho realizado no ambulatório em Garça é reconhecido e, embora aconteçam as reincidências, elas não podem ser vistas como derrota nem para a equipe de trabalho, nem para a pessoa que quer abandonar o vício. A reincidência acontece e muitos voltam e conseguem numa, segunda ou terceira tentativa, deixar o vício.

De acordo com o profissional, o tratamento não tem fórmula mágica, não é miraculoso e não tem procedimentos infundados. É um trabalho conjunto, cercado de profissionais que buscam, juntamente com os participantes, o abandono do vício. Entre os tratamentos realizados no ambulatório em Garça, estão os que utilizam medicamentos, como a reposição de nicotina (em adesivos ou gomas de mascar) associada ou não aos antidepressivos. Durante as quatro sessões com o psicólogo, o programa trabalha os seguintes temas: 1º encontro, “Entender porque se fuma e como isso afeta a saúde”; 2º encontro, “Os primeiros dias sem fumar”; 3º encontro, “Como vencer os obstáculos para permanecer sem fumar”; 4º encontro, “Benefícios obtidos após parar de fumar”.

Os interessados podem se inscrever através das unidades de Saúde de origem, bem como procurar diretamente o Ambulatório de Tabagismo. O único requisito para participar é o desejo de deixar de fumar. Os participantes do grupo passam por um processo que envolve inclusive a utilização de medicamentos.

Caso a pessoa opte por ir até a Unidade de Saúde, ela preencherá a ficha clínica, fará um teste específico e terá o encaminhamento para o ambulatório, para a integração nos grupos de combate. No entanto, se optar por ir direto ao ambulatório, também será feito um trabalho com essa pessoa procedendo todos os encaminhamentos necessários.

Os grupos estão desenvolvendo atividades específicas no combate ao uso do tabaco. O programa tem como objetivo reduzir o número de fumantes, conscientizando a população quanto aos malefícios causados pelo cigarro, promovendo melhor qualidade de vida e, consequentemente, a diminuição de doenças e mortes relacionadas ao tabaco.


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