Lucas Dias
08/10/2018
Garça 

Eleições 2018: mais de oito mil garcenses não foram às urnas neste domingo

Mais uma vez o número de abstenções em Garça foi grande.  No pleito deste domingo, 7, 25,43% dos eleitores, ou 8.959 garcenses não foram depositar o voto nas urnas.


Mais uma vez o número de abstenções em Garça foi grande.  No pleito deste domingo, 7, 25,43% dos eleitores, ou 8.959 garcenses não foram depositar o voto nas urnas.  Já os mais de 26 mil eleitores que foram às urnas confirmaram que em Garça o PSDB ainda é dominante, embora tenha havido uma mudança partidária na escolha para o presidente da República. A rejeição ao PT também é uma marca do eleitorado garcense.  Para o governo do Estado de São Paulo 7.089 dos 26.272 eleitores garcenses, que foram às urnas, escolheram João Dória (PSDB). O segundo candidato na preferência do garcense para assumir o estado paulista foi Paulo Skaff (MDB) que conquistou 32,39% dos votos.

No entanto o candidato Márcio França (PSD) confirmou o aumento nas intenções de voto e disputará o segundo turno com Dória. Paulo Skaff que figurou em várias pesquisas como o primeiro na lista, perdeu posição para Dória e, no último momento, perdeu a oportunidade de tentar um segundo turno, já que foi alcançado pelo candidato do PSD.

Em Garça a virada de Márcio França causou surpresa, visto que Skaff tem uma ligação com o CIESP e, consequentemente, muitos empresários na cidade.

“Eu não consigo acreditar que os números viraram. Depois que ele perdeu a primeira colocação eu tinha como certo a ida dele para segundo turno”, falou um empresário na cidade.

O resultado nas urnas em Garça mostram que Paulo Skaff teve 6.911 votos, ficando à frente de França.

Já o  fenômeno Jair Bolsonaro (PSL) também foi sentido no resultado das urnas garcenses. O candidato do PSL teve 15.166 votos em Garça (63,36%) enquanto que o tucano Geraldo Alckmin, sempre bem votado na cidade, ficou em segundo lugar com 3.125 votos (13,05%), uma distância grande do primeiro colocado. Fernando Haddad (PT) que vai para o segundo turno com Bolsonaro ficou com 9,11 % dos votos garcenses (2.180)

E, na lista das surpresas, Major Olímpio ficou com 33,05% do votos para o senado federal e foi o mais votado na Sentinela do Planalto. Em segundo lugar ficou Mara Gabrilli (PSDB) com 19,21%. A colocação obtida em Garça confirmou-se na totalização dos votos e os dois assumem as vagas paulistas no Senado. Eduardo Suplicy foi a maior surpresa visto que, mais uma vez não conseguiu seu retorno ao senado (algo que era tido como certo) e em Garça obteve apenas 2.884 votos (7,94% do total).

Após uma disputa voto a voto na reta final da apuração, os candidatos Jair Bolsonaro e Fernando Haddad passaram ao segundo turno das eleições presidenciais, a ser realizado em 28 de outubro.

O vereador Paulo André Faneco (PPS), candidato a Deputado Estadual, foi o mais votado em Garça conseguindo 6.603 votos, mas os dados do Tribunal Superior Eleitoral mostravam que até às 21 horas de ontem, 7, ele tinha totalizado 8.215 votos, o que deve deixá-lo fora da Assembleia Legislativa. O segundo candidato com mais votos na esfera estadual em Garça foi Vinicius Camarinha com 1.925. No entanto o ex prefeito de Marilia, segundo o TSE, estava com 64.872 até às 21 horas de ontem, 7.

Na esfera federal Juliano da Campestre foi o mais votado em Garça com 3.606 votos.

 

Eleições foram tranquilas em Garça


As eleições em Garça aconteceram de forma tranquila e os poucos incidentes foram resolvidos. Na Escola Nely Carbonieri uma eleitora ‘quase’ foi barrada porque sua imagem diferia da que constava na biometria.

“As moças estavam duvidando que era eu. Só porque cortei o cabelo? Não posso. Se desse rolo eu ia embora. Não queria votar mesmo”, disse ela depois de ter votado, porque, segundo disse, uma das ‘mulheres’ a conhecia.

Para a eleitora Darcy Ribeiro, foi um alívio poder votar. A preocupação era com a quantidade de números a serem digitados e o seu analfabetismo somado a dificuldade visual.

“Eu não ia votar. Queria, mas não ia, porque não ia conseguir com tanto número, mas no fim deu certo. Minha filha pode entrar comigo e ficou mais fácil. Só não consegui assinar na ficha porque deixaram um espacinho de nada. Coloquei o dedo, mas votei”, falou ela, cuja voto não era obrigatório já que a eleitora tem 79 anos.

Algumas seções tiveram filas, como as 47 e 48 da Escola Nely Carboniere, e as 140, 150 e 163 na Escola Maria do Carmo Pompeu Castro.

“Eu votei na EMCA e foi rapidinho”, disse a eleitora Maria Aparecida que às 8h30 já exibia o comprovante de votação.

“Na minha seção (140) demorou demais e para piorar tinha um homem que demorou muito. Os mesários precisaram ficar falando com ele. Ele votou e saiu sem terminar, voltou e apertou de novo, mas não finalizou. Só sei que ele voltou para a cabine de votação umas quatro vezes e ainda ficou bravo porque tinha que apertar muitos números”, falou a jovem Mariana Novais.

Se a tranquilidade chamou a atenção em Garça, a ‘sujeira’ deixada pelos santinhos estava mais localizada nas ruas periféricas da cidade. Defronte as escolas não havia santinhos grudados no chão.

O delegado Gustavo Danilo Pozzer chegou a comentar o fato e lembrar a diferença de alguns pleitos passados.

Confiram nas imagens os números das urnas em Garça. Os 10 candidatos a deputado federal e estadual mais votados na cidade.

Fotos do Evento


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