Lucas Dias
06/02/2019
Garça ACIG 

Incubadora de Garça completa 22 anos com saldo de 50 empresas estabelecidas

A Incubadora de Empresas em Garça vem se tornando uma referência quando o assunto é empreendedorismo.

A Incubadora de Empresas em Garça vem se tornando uma referência quando o assunto é empreendedorismo. Driblando a crise, superando os obstáculos, há 22 anos a incubadora está em atividade na cidade. A Incubadora de Empresas é um programa de estímulo ao empreendedorismo, gerenciado pela Associação Comercial e Industrial de Garça (Acig), oferecendo local e infraestrutura física de atendimento, assim como suporte e cursos do Sebrae com custos abaixo do mercado para ajudar empresas novas ou em funcionamento que tenham planos de negócios definidos.

Conforme colocou Fábio Dias, gestor da incubadora na cidade, em duas décadas, cerca de 50 empresas que passaram pelo programa se tornaram bem sucedidas e importantes fontes empregadoras e terceirizadoras de serviços no município, e até em cidades vizinhas.

“Atualmente 15 empresários recebem os subsídios e estão instaladas nos barracões de 100 m2. Quatro vagas foram abertas no ano passado e devem ser preenchidas ainda neste semestre”, explicou Dias.

Segundo o gestor, o projeto de Incubadora de Empresas em Garça, é essencial para fomentar o empreendedorismo e acontece numa parceria (fundamental) com a Prefeitura Municipal de Garça, Fatec Garça, CIESP e Sebrae.

“É um trabalho realizado em parceria. Somos, Associação Comercial, Prefeitura, Fatec, Ciesp, e Sebrae, parceiros num projeto que tem como objetivo a criação ou o desenvolvimento de pequenas empresas ou microempresas, apoiando-as nas primeiras etapas de suas vidas”, frisou Dias, lembrando que o modelo desenvolvido em Garça, é de perfil misto, aberto exclusivamente para o ramo industrial, para iniciativas de base tecnológicas ou empresa convencionais e oferece subsídio e espaço por até dois anos, prorrogável por mais um ano.

O empreendedor paga uma mensalidades em torno de 300 reais, o que lhe garante a locação, telefone, internet e um ponto comercial ou de serviço adequado para indústria de base, eletrônica, de construção civil. Só existe restrição para atividades que exijam grandes investimentos de readequação da área disponível, como o de alimentação, ou marcenaria, por exemplo.

O presidente da Acig, João Francisco Galhardo, comentou que a Incubadora enfrentou uma queda na procura por vagas no ano passado, mas já está sentindo uma reação do mercado e deve, ainda no primeiro semestre deste ano, completar as quatro vagas que o programa tem em aberto.

“Para participar é preciso ter um plano de negócio definido, que após análise do Sebrae irá receber apoio, orientação, readequação e, se for verificada a viabilidade do negócio, ganha o subsídio do programa”, explicou.

 

Incubadora investe na infraestrutura para ampliar serviços e oportunidades


A Incubadora de Empresas está passado por reformas estruturais para atende as exigência legais de postura e segurança predial e então ampliar as oportunidade de atendimento e oferta de serviço às empresas incubadas.

Conforme explicado pelo gestor Fábio Dias, a Acig conseguiu para este ano recursos para a aquisição do novo Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB).

Com as readequações e regularizações de segurança a incubadora quer ampliar suas ações de promoção e divulgação das empresas incubadas.

“Esse programa é essencial para a cidade, mas carece de investimentos contínuos que possam acelerar ainda mais o desenvolvimento das empresas hospedadas. Conseguimos avançar no programa de regularização e estamos confiantes de que após a liberação dos bombeiros a incubadora possa fazer muito mais e promover melhores resultados para a economia de Garça”, destacou o gestor Fábio Dias.

 

 

 

Depoimentos

O empresário industrial Flávio Henrique Roberto, sócio proprietário da FASS – Fábrica de Automatizadores e Sistemas de Segurança – lembrou o começo de tudo. Segundo ele, há 16 anos foi pedir ajuda da Incubadora de Empresas de Garça e trazia na bagagem apenas a experiência prática do ramo, como empregado, e um plano de negócio em mãos.

De empregado a patrão, o sucesso do empreendimento subsidiado pela incubadora o tornou empregador. De quatro funcionários que tinha quando se lançou no mercado, conta atualmente com 18 empregados diretos e diversas empresas empregadoras terceirizadas.

“Não fabrico meus produtos. Projeto, vendo, monto, dou assistência, suporte, treinamento e me insiro em um mercado muito promissor de automação de portas, janelas de todos os tipos, para empresas e residências, que ainda tem 98% do mercado para explorar”, falou o empreendedor garcense.

Em sua parceira, a Incubadora tem o apoio e assistência do Sebrae que orienta às empresas e as leva para feiras, divulga os produtos e contribui para a viabilidade econômica do negócio industrial

Segundo os empreendedores atendidos pelo programa, se não fosse pelo trabalho realizado na Incubadora de Empresas de Garça, os negócios não teriam prosperado. Eles salientam a importância do programa da Acig, pois considerando a atual situação econômica do país, certamente não teriam se mantido no mercado. As portas teriam sido fechadas.

São empresários que investiram de 60 a 300 mil reais em equipamentos, tecnologias, para produzirem produtos comercializáveis à varejo, atacado, de forma física ou on line.

Vale lembrar que a Incubadora de Empresas investe em planos de negócios como fabricação de kits de móveis pré-moldados, de artigos de decoração e artesanato em MDF, de arames farpados produzidos em máquina de invenção própria, de painéis de sistemas eletrônicos para empresas, de materiais plásticos injetados para comércio e indústria.

Nessa fase, a maioria aproveita o subsídio do custo fixo com aluguel e infraestrutura de atendimento para ampliar as vendas e a produção, para então alcançar o custo adequado para se lançar sozinho no mercado, já com o negócio em andamento.

Bruno Giardino dos Santos também figura entre os empreendedores que tiveram na Incubadora de Empresas o apoio necessário. Ele investiu em uma máquina de ponta que produz peças plásticas e busca se inserir no mercado industrial de terceirização de peças. Santos comemora o crescimento, e lembra a importância da incubadora em todo o processo.

“Se tivesse que bancar o custo fixo médio do mercado teria que gastar cerca de R$ 2 mil que ainda não sobram para poder me desenvolver e estar apto para atender adequadamente o mercado. Garça e a Acig estão de parabéns por dar este apoio ao empreendedor que quer trabalhar mas não consegue”, finalizou o empresário. (Com informações do Jornal da Cidade – Marília)  

 


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