Fábio Dias
23/04/2019
Garça 

Prefeito fala sobre projeto de lei de RPV que foi discutido ontem na Câmara Municipal

Ontem, dia 22 de abril, entre as matérias da Ordem do Dia, foi para votação e discussão o projeto do prefeito João Carlos dos Santos (DEM)

Ontem, dia 22 de abril, entre as matérias da Ordem do Dia, foi para votação e discussão o projeto do prefeito João Carlos dos Santos (DEM) sobre a alteração dos valores de pagamentos para RPVs – Requisições de Pequeno Valor -. O projeto recebeu uma emenda do vereador Rafael José Frabetti (DEM) e foi adiado, mas o assunto já gerou várias discussões no cenário garcense. As RPVs, quando transitadas em julgado na justiça, devem ser pagas em até 60 dias. Hoje aquelas que tem valor de até R$ 29.000,00 se encaixam nesta situação.

Segundo a proposta enviada para a Câmara, os valores seriam modificados para R$ 5.800,00, que é igual ou inferior ao maior benefício pago no regime geral de previdência social. Esta possibilidade está de acordo com o artigo 100, parágrafos 3º e 4º da Constituição Federal.

No dia da apresentação do projeto, vários advogados compareceram no plenário da Câmara e, após o envio do PL houve negociação com os vereadores e a sociedade civil. A emenda ao projeto foi feita passando os valores da proposta das RPVs para R$ 12.200,00. Segundo divulgado pela assessoria de comunicação, em levantamento feito, a grande maioria delas, cerca de 70%, se enquadra nesta valor.

As RPVs que tiverem o valor acima deste teto serão convertidas em precatórios e pagas no exercício seguinte.

Conforme exemplificou a assessoria “supondo que uma RPV transite em julgado na justiça e chegue à Prefeitura em 2019 com valor de R$ 22.000,00. Ela será convertida em precatório e deverá ser paga no exercício seguinte, 2020.”

 

 

João Carlos se manifesta sobre “Bomba para a próxima gestão”

 

O prefeito, através de sua assessoria, falou sobre manifestação de edil afirmando que ele está “armando mais uma bomba para a próxima gestão em Garça”. Segundo a assessoria, o vereador também disse que “Projeto de Lei do Prefeito Municipal que empurra pagamentos que deveriam ser realizados por sua gestão para as próximas administrações, prejudicando o futuro do município.”

“Nós temos que deixar muito claro que apresentam esta proposta de forma política e distorcida, que desfavorece os interesses do município e que cria uma situação que deseja confundir as pessoas. Nós queremos fazer gestão, para que tenhamos previsibilidade, para que as despesas do município estejam dentro do orçamento e que, com muito respeito, as pessoas que tenham que receber do município recebam de forma adequada e correta, sem causar prejuízo a ninguém.

O vereador, de forma esperta, quando coloca isso quer trazer uma desconstrução, uma dúvida, de forma indevida. É importante destacar aqui que os objetivos desta gestão é trabalhar de forma correta e transparente, onde favoreça principalmente os interesses do município e que seja responsável com as pessoas que tem seu direito”, falou o prefeito através da assessoria.

João Carlos enfatiza e esclarece o que considera uma pauta bomba.

“Eu fico assustado em dizer que este assunto é uma pauta bomba. Pauta bomba para as próximas gestões é deixar de cumprir as obrigações previdenciárias durante quatro anos, comendo as reservas financeiras do nosso instituto de previdência na ordem de mais de R$ 6 milhões e ao final da gestão propor um parcelamento de 60 meses jogando para a próxima gestão cumprir uma obrigação do mandato anterior. É importante entender e diferenciar o que é gestão e o que é uma bomba para as próximas administrações.

Nós temos que ser muito sérios na forma de conduzir e muito responsáveis. Eu não vou deixar de fazer esclarecimentos quando as pessoas se apresentam como os salvadores da Pátria dizendo que são responsáveis pela boa gestão. Boa gestão todos nós, prefeitos e vereadores, temos a obrigação de fazer. Então eu quero deixar aqui claro o que é fazer gestão e o que é empurrar bomba para as próximas administrações”.


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