Fábio Dias
27/09/2019
Garça 

Garça volta a registrar queda no saldo de emprego formal

Depois da recuperação apontada no mês de julho último.

Depois da recuperação apontada no mês de julho último, o mercado formal de emprego em Garça voltou a sentir os reflexos da crise econômica e os números registrados em agosto ficaram aquém das expectativas. As contratações tiveram um aumento de 43,30% na comparação com julho último, mas as demissões também aumentaram e registraram um incremento de 74,02% no período. O fato é que, diferente do registrado em julho, Garça fechou 38 portas de trabalho no mercado formal de emprego. O número é resultado das 364 contratações contra os 402 desligamentos e aponta uma queda de 265,21% na criação de novas vagas. Em julho foram 254 contratações contra 231 desligamentos, terminando o período com a criação de 23 novas vagas. Os dados foram divulgados nesta semana pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério da Economia.

Os dados do mês passado na comparação com agosto de 2018 apontam um aumento de 49,79% nas contratações com carteira assinada, enquanto que as demissões tiveram um aumento de 5,23%. O cenário se mostra mais positivo quando os números apontam que o saldo de vagas, na comparação com agosto do ano passado, mesmo sendo negativo, aumentou 265,78%. Em agosto de 2018 foram contratados 243 trabalhadores com carteira assinada e demitidos 382, fechando o período com a perda de 139 vagas de trabalho.

No país, pelo quinto mês seguido, houve um saldo positivo no emprego formal. Em agosto, a expansão foi de 121.387 vagas, decorrente de 1.382.407 admissões e de 1.261.020 desligamentos. No acumulado de 2019 foram criados 593.467 novos postos, com variação de 1,55% do estoque. No mesmo período de 2018 houve crescimento de 568.551 empregos, uma variação de 1,50%. Nos últimos 12 meses foram criados 530.396 empregos, uma variação de 1,38%. No mesmo período do ano anterior, o saldo foi de 356.852, representando um crescimento de 0,94%. 

Em Garça, no acumulado do ano, as contratações caíram 2,56%, como também o saldo de vagas – 50,12%. As demissões aumentaram 6,93% no período. De janeiro a agosto de 2019 foram 2.428 contratações contra 2.221 desligamentos, com um saldo de 207 novas portas de trabalho. No mesmo período do ano passado foram 2.492 admissões contra 2.077 desligamentos, com saldo de 415 vagas. 

 


Industria da Transformação, Agropecuária e Construção Civil tiveram desempenho negativo

 

No mês passado, no país, dos oito setores econômicos, dois contrataram mais do que demitiram em Garça. O saldo positivo ficou para a área de Serviços e Administração Pública, enquanto que o comércio teve saldo zero de vaga. Já os setores da Industria da Transformação, Construção Civil e Agropecuária fecharam portas de trabalho. Demitiram mais que contrataram.

Apesar dos números o presidente da Associação Comercial e Industrial de Garça (Acig), João Francisco Galhardo, o desempenho do setor de Serviços mostra uma reação da economia.

“O que vimos é um número maior de demissões na Indústria, na Construção Civil e na Agropecuária. Infelizmente temos ouvido e presenciados casos de demissão em nossas empresa. O comércio conseguiu não perder porta de trabalho. Mas o desempenho positivo da área de Serviços mostra uma reação na economia. Muito microempreendedores atuam na área de serviços e isso é um bom sinal”, disse Galhardo.

Para o presidente da Acig, as demissões na agropecuária podem ser explicadas pela rotatividade na cafeicultura, finalizando um ciclo de colheita.


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