Fábio Dias
02/10/2019
Garça 

ACIG orienta sobre inadimplência e quitação de dívidas

Num cenário que ainda traz preocupações em decorrência das demissões no mercado formal de emprego e da dificuldade do reingresso.

Num cenário que ainda traz preocupações em decorrência das demissões no mercado formal de emprego e da dificuldade do reingresso do trabalhador nesse mercado, a informalidade cresce como alternativa para driblar a crise. Na necessidade de elencar prioridades o comércio amarga altos índices de inadimplência que, numa bola de neve, aumenta o desemprego. O presidente da Associação Comercial e Industrial de Garça (ACIG), João Francisco Galhardo, comenta que o cenário preocupa, mas que a única forma de vencer o problema, é enfrentando-o.

“Sabemos de todas as prerrogativas dessa bola de neve que gera o desemprego e culmina com a inadimplência. Nesse meio do caminho assistimos o mercado informal crescer, numa busca de mantar as despesas do lar. Apesar de tudo, não existe outro caminho, se não manter o empreendedorismo, o investimento”, disse ele.

De acordo com Galhardo, o medo, a preocupação com o cenário, pode levar a um recuo do empreendedor, o que também contribui para o cenário preocupante. Em meio à crise, é o momento de criar, mas Galhardo faz alguns apontamentos.

“Não é investir e pronto. É preciso cautela, cuidado e, em meio a tudo, tomar medidas que diminuem a inadimplência e evitem que o lojista, que o comerciante seja vitimado por esse problema”, salientou.

Para o presidente, a instabilidade econômica também levou o consumidor a ser mais cauteloso, o que diminuiu o consumo e favoreceu uma queda do fluxo de inadimplência.

Galhardo alerta que quem está com o orçamento doméstico apertado e algumas dívidas ou contas de serviços não estão em dia, é o momento de repensar os gastos. Vale lembrar que não manter as contas em dia, pode resultar no nome incluído no banco de dados do SCPC com várias consequências negativas, como não conseguir aprovação de crédito em lojas, financiamentos e empréstimos. Além disso, o banco pode se negar a entregar talões de cheque e cartão de crédito, além de cair a pontuação do Score.

“Tudo o que dissermos não é nada de extraordinário, de diferente. Quem não quer estar na lista de inadimplentes precisa ter na ponta do lápis tudo o que entra e sai de dinheiro, considerando ainda gastos emergenciais com saúde e outras situações que exigem dinheiro rápido”, disse ele.

Galhardo lembrou que a pessoa deve e pode acompanhar as dívidas em atraso no site Consumidor Positivo, da Boa Vista, por meio da consulta do CPF (https://www.consumidorpositivo.com.br/consulta-cpf-gratis/), que é gratuita e traz anotações no nome, empresa credora, o valor da dívida e como entrar em contato com o credor.

“A principal medida é o consumidor se mostrar disposto a pagar o débito. Ele pode tentar um acordo com o credor. Negociar, acredito eu, que ainda é o melhor caminho entre as partes. Do contrário, se não existe esse acordo, a dívida se arrasta, levando prejuízo para ambas as partes”, falou o presidente.

De um lado, segundo ele, o consumidor que, em razão do débito, com o nome ‘sujo’ se vê restrito de vários direitos. De outro, o lojista que comprou um produto, pagou devidamente os impostos e, não recebeu por ele. Um prejuízo que pode resultar em dispensa de funcionários, não reposição de mercadorias, insatisfação.

Galhardo lembrou ainda que o trabalhador pode, neste momento, utilizar o dinheiro liberado do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço), para a quitação de dívidas. 

Segundo levantamento da Boa Vista Serviços, parceira da Acig, a inadimplência ainda é alta, mas está se recuperando aos poucos. 


Comentários

Nota Importante: O Portal Garça Online abre espaço para comentários em suas matérias, mas estes comentários são de inteira responsabilidade de quem os emite, e não expressam sob nenhuma circunstância a posição/opinião oficial do Portal ou qualquer de seus responsáveis em relação aos respectivos temas abordados.