Fábio Dias
10/10/2019
Garça 

Impostômetro: contribuintes garcenses já pagaram mais de R$ 17 milhões em tributos neste ano

Depois da preocupação com a volta de uma reeditada CPMF, as discussões sobre a carga tributária.

Depois da preocupação com a volta de uma reeditada CPMF, as discussões sobre a carga tributária do brasileiro prosseguiram, mas, ao que tudo indica, não será neste ano que o governo conseguirá implantar a ‘prometida’ reforma tributária. Assim, mantendo a tradição dos pagamentos de impostos, neste ano, de 01 de janeiro até às 20h05 de ontem, dia 9 de outubro, o contribuinte garcense já pagou R$ 17.996.494,77 em tributos. O valor representa um aumento de 7,89% frente os R$ 16.679.530,29 pagos no mesmo período do ano passado. Um aumento de R$ 1.316.964,48. Os dados são do Impostômetro da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) e o volume corresponde ao total de impostos, taxas, multas e contribuições pagas desde o primeiro dia do ano.

Segundo o presidente da Associação Comercial e Industrial de Garça (ACIG), João Francisco Galhardo, a mudança tributária no país poderia resolver ou minimizar o problema, mas, ao que tudo indica, embora tenha sido uma promessa de governo, a reforma deve ficar para o ano que vem.

“Sempre existe a expectativa de mudança. O empresário, o empreendedor, o comerciante, é super tarifado em cobranças de impostos que também se estendem ao consumidor comum. Tudo isso gera encargos e dificulta o desenvolvimento econômico, principalmente num momento de dificuldades, de uma recessão, mesmo velada. Chegamos a ficar de sobre aviso com a possibilidade de uma retomada da CPMF, mesmo que em outros moldes, seria mais um imposto. É muita tributação”, disse ele.

Galhardo chegou a comentar que as previsões apontavam que ontem, 9, às 23 horas, o Impostômetro em São Paulo atingiria a marca de R$ 1,9 trilhão.

“É muito dinheiro. No ano passado essa marca foi alcançada, de acordo com as informações recebidas, no dia 23 de outubro. Assim como os valores tiveram aumento em Garça, acontece no restante do estado”, falou o presidente garcense.

Nos nove primeiros meses de 2019 o garcense pagou R$ 17.380.541,33 contra R$ 16.069.326,21 pagos no mesmo período do ano passado. Um aumento de 8,15%, que é bem superior à inflação oficial.

“Tudo o que fazemos tem um imposto embutido. Na gasolina, por exemplo, 47% é de imposto. Muitos nem imagina, mas pega um dia, por curiosidade, as notas do supermercado e olha o valor dos impostos. A gente se assusta. Temos que cobrar do governo a aprovação da reforma tributária. Acreditamos que quanto menos impostos forem cobrados, mais produtividade nós teremos e de melhor forma será aplicada essa arrecadação”, finalizou Galhardo salientando o números registrados no impostômetro.

O Impostômetro foi implantado em 2005 pela ACSP para conscientizar os brasileiros sobre a alta carga tributária e incentivá-los a cobrar os governos por serviços públicos de mais qualidade.

Está localizado na sede da ACSP, na rua Boa Vista, centro da capital paulista, mas outros municípios e capitais se espelharam na iniciativa e instalaram seus painéis.


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