Acig tenta redução no valor do aluguel para o comércio
Entidade que representa setor enviou ofícios as imobiliárias pedindo desconto de 50% nos aluguéis dos prédios comerciais, como forma de reduzir risco de fechamento de lojas e garantir vagas de emprego.
Sem faturar, e com atendimento restrito em razão do isolamento social imposto pelo Governo do Estado, os comerciantes de Garça, a exemplo dos demais em todo o País, amargam prejuízos com o avanço da pandemia do novo coronavírus (Covid-19). O que fazer para não entregar literalmente os pontos neste período de baixíssimo fluxo de cliente? Na busca de alternativas para superar a crise, os lojistas da cidade têm tentado negociar com as imobiliárias e donos de imóveis os valores dos aluguéis que estão vencendo nesse período da quarentena.
Nesta semana, a Associação Comercial e Industrial de Garça (Acig) tomou uma ação concreta em defesa da classe. Foi elaborado e encaminhado um ofício às imobiliárias da cidade, que são intermediárias na relação locador e locatário. No documento, a diretoria solicita comprometimento no sentido de sensibilizar os proprietários de imóveis comerciais da necessidade de promover desconto de 50% nos valores de aluguéis nos próximos meses de junho, julho e agosto, considerados os mais críticos especialmente no tocante ao impacto econômico provocado pelo fechamento das lojas.
“Considerando o atual momento do Brasil com o enfrentamento da Covid-19, onde o comércio vem enfrentando sua maior crise de vendas das últimas décadas, e ainda acreditando que a recuperação da economia se inicia nos próximos meses após pandemia, a diretoria da Acig decidiu tomar essa iniciativa”, explicou João Francisco Galhardo, presidente da entidade. Ele revela que houve bastante procura de lojistas e associados para que a instituição intercedesse nas negociações.
“Consideramos que esse desconto nos aluguéis dos imóveis comerciais é primordial para dar fôlego aos lojistas locais. Nossa preocupação é com a sustentação das empresas e da manutenção de dezenas de postos de trabalho que podem ser extintos caso alguma atitude não seja tomada”, aponta o presidente.
Como empresário atuante no comércio, João Francisco Galhardo conhece como ninguém a realidade do sabe bem da apreensão que pesa sobre o setor. “Precisamos dessa ajuda que valorizará a economia local, e consequentemente as famílias, favorecendo o bem estar dos cidadãos e a prosperidade da cidade de Garça”, complementa Galhardo. Ele acredita que os locatários serão sensíveis a reivindicação.
“Estamos buscando o caminho do diálogo e sensibilização nessa hora. Mesmo porque, a intenção não é dar prejuízo ao dono do imóvel, mas sim, manter a inadimplência controlada, garantir a vigência dos contratos, o que só será possível se as lojas continuarem abertas. Acreditamos que juntos podemos superar todos os desafios e dificuldades deste período”, comentou Galhardo em tom conciliador. Segundo a Acig, algumas imobiliárias já se comprometeram com a causa.
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