Fábio Dias
30/04/2021
Garça ACIG 

Auxílio Emergencial injetou mais de R$ 51 milhões na economia garcense em 2020

No ano passado o auxílio emergencial beneficiou 12.333 moradores garcenses injetando na economia da cidade exatos R$ 51.657.933,00.

No ano passado o auxílio emergencial beneficiou 12.333 moradores garcenses injetando na economia da cidade exatos R$ 51.657.933,00. O dinheiro impediu que o prejuízo fosse maior, já que com os impactos da pandemia do novo coronavírus, muitos empresários viram seus negócios desabarem. O auxílio, liberado pelo governo, foi a salvação para a economia da cidade.

“Esse dinheiro foi fundamental para que a economia não despencasse de vez. A situação ficou complicada. De um lado empresários, comerciantes, tendo que fechar as portas, não vendo movimentação do capital de giro e tendo o acúmulo de dívidas. De outro, a população em geral, onde muitos perderam os empregos e também acumularam débitos. Por isso esse dinheiro foi de fundamental importância para a movimentação da economia”, falou o vice presidente da Associação Comercial e Industrial de Garça - Acig, Mauro José de Sá.

Segundo ele, é exatamente essa ‘injeção’ que está faltando neste ano, visto que houve uma paralisação no pagamento do benefício.

“Esse dinheiro está fazendo falta. É o incentivo que precisamos para que muitos não fechem suas portas. O governo voltou a pagar o benefício, embora num valor menor, neste mês. Com isso acredito que os efeitos positivos desse pagamento serão sentidos em meados de maio”, falou o gerente da Acig, Fábio Dias.)

O novo auxílio emergencial será pago a menos famílias garcenses, e com um valor menor, mas ainda assim terá o ‘poder’ de socorrer a economia do município.

No ano passado, segundo dados do Governo Federal, das 12.333 pessoas que receberam o benefício em Garça, 2.629 foi através do Bolsa Família, 2.564 pelo Cadastro Único e 7.131 pelo Aplicativo Caixa.

Nove pessoas se tornaram elegíveis (aptas para o recebimento) por Decisão Judicial.  

“"O auxílio e outros programas do governo tiveram um papel importante, ajudou na recuperação no ano passado, uma vez que boa parte do valor ficou no comércio, principalmente, em bens não duráveis, como alimentação e remédios. Um levantamento divulgado pela Caixa Econômica Federal, coloca que somente por meio do aplicativo, o benefício movimentou diretamente em lojas e supermercados no ano passado R$ 47,6 bilhões”, disse o vice-presidente da Acig, não deixando de lembrar outras ações como a taxa Selic, o programa de preservação de empregos formais e o Pronampe.

O governo federal estima que as novas parcelas do novo auxílio emergencial, vão injetar R$ 44 bilhões na economia, mas o gerente da associação garcense acredita que o impacto será menor que no ano passado. 

“Toda ajuda, todo dinheiro é bem-vindo, mas essa nova rodada terá quatro parcelas com valor médio de R$ 250. Mulheres chefes de família receberão R$ 375 e pessoas que vivem sozinhas, R$ 150. Ainda não sabemos quantos garcenses foram beneficiados, mas tudo indica que a queda será significativa”, disse ele, lembrando ainda as altas registradas na alimentação, combustível, energia.

Depois de dezembro, segundo Mauro José de Sá, houve uma perda de impulso do varejo, em partes pela ausência do benefício, somada aos efeitos da pandemia que se agravaram.

“O poder de compra caiu ainda mais e a cada dia o consumidor se volta para itens essenciais e relacionados ao maior tempo passado em casa, tais como alimentação”, disse Sá chamando a atenção também para o fato de que a maioria dos que receberam o benefício no ano passado, em Garça, são mulheres (7 mil), repetindo um cenário registrado em todo pais. 

As mulheres estão saindo mais para trabalhar fora, são chefes de família e, com a pandemia, ficaram desempregadas.

Além da maioria ser mulher, os dados divulgados pelo governo mostram que a pessoas com idade entre 18 e 34 anos foram as mais beneficiados. Na faixa etária entre 18 e 24 anos foram beneficiados 2.289 garcenses, enquanto que faixa entre 25 e 34 anos foram 2.833 pessoas. Os números traduzem um perfil dos desempregados: a maioria mulheres e jovens.

 “Que o novo auxílio emergencial, de fato, auxilie no não afundamento da nossa economia”, disseram Dias e Mauro José.


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