Fábio Dias
13/05/2021
Garça ACIG 

Adaptação do consumidor à pandemia ajudou o varejo em março

O varejo, em março, surpreendeu, dando os primeiros sinais de reação.

O varejo, em março, surpreendeu, dando os primeiros sinais de reação. As projeções do Instituto de Economia Gastão Vidigal (IEGV) da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) apontam para a continuidade da recuperação do setor durante o segundo trimestre, impulsionada pela volta do auxílio emergencial e pela base mais fraca de comparação de 2020.

Essa recuperação poderá ganhar mais “tração” ao longo dos meses seguintes, em função do avanço da vacinação.

“A pesquisa traduz o que estamos dizendo, vem ao encontro do que pensamos. Aos poucos o consumidor vai se adaptando, bem como o empresário. Todos acabam se reinventando e o aumento no número de vacinados traz boas perspectivas”, disse o vice-presidente da Associação Comercial e Industrial de Garça – Acig, Mauro José de Sá.

Em março, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as vendas do varejo restrito (que não incluem veículos e material de construção) e do ampliado (que consideram todos os segmentos) registraram altas de 2,4% e 10,1%, respectivamente, sobre o mesmo mês de 2020.

No varejo restrito, houve reversão da tendência de contração, registrada a partir de janeiro. No acumulado em 12 meses, houve alta de 0,7%, no primeiro caso, e queda de 1,1%, no segundo, resultados mais favoráveis em relação aos observados na leitura anterior.

Esse aumento anual chama a atenção, pois, apesar de ser influenciado pela base de comparação mais fraca de 2020, também refletiria uma retomada inesperada do comércio. Essa apreciação é reforçada quando se observa que também houve crescimento do varejo restrito em relação a março de 2019 (1,2%), quando ainda não havia pandemia.

A recuperação do varejo poderia ser explicada pela mudança no padrão de consumo das famílias originada pela pandemia e o isolamento social, privilegiando as compras de itens básicos, tais como artigos farmacêuticos e de uso pessoal, além daqueles associados à uma maior permanência nos lares, tais como móveis e eletrodomésticos, outros artigos de residência e material de construção.

Por sua vez, a contração registrada nas vendas de supermercados teve como causa os aumentos dos preços dos alimentos, num contexto de ausência do auxílio emergencial, enquanto no caso dos veículos, o forte crescimento das vendas decorre fundamentalmente do “efeito base de comparação”. (Com informações do Diário do Comércio)

 


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