Fábio Dias
16/10/2023
Garça 

Recordar é Viver: "Tonhá e Danilo Pozzer, os `Craques da Rodada´"

Por Wanderley `Tico´ Cassolla

Nos campeonatos do futebol suíço dos anos 80, eram escolhidos os melhores jogadores da rodada. Foi uma novidade introduzida pelo organizador da modalidade, Galdino de Almeida Barros, tudo com o apoio da CCE/Comissão Central de Esportes. Uma maneira de incentivar os jogadores, “que brigavam para sair na seleção” e ter o nome em destaque na imprensa falada e escrita.

Vale lembrar que a seleção era escolhida pelos árbitros e representantes que atuavam nos jogos. E o técnico de uma equipe também colaborava, indicando os melhores jogadores da equipe adversária.

Assim que a Comissão Organizadora, composta pelo Galdino, Túlio Calegaro e este articulista, recebia os relatórios, montava a seleção, num levantamento imparcial e bem rigoroso.   

Só lembrando que jogador indisciplinado, que levou cartão amarelo e principalmente vermelho, de forma alguma era escolhido.

No final da temporada era divulgada a seleção do campeonato, esperada com bastante ansiedade pelos jogadores. Nem sempre agradando a todos: “fulano tinha que ter entrado, beltrano não era para estar na seleção”. Mas fazia parte. Enfim uma novidade que agradou em cheio, valorizando ainda mais a competição.

Hoje a coluna recorda os melhores jogadores da sétima rodada do Campeonato Municipal de Futebol Suíço, na temporada de 1982.

GOLEIRO: Ronier, do Kussumoto “A”.

DEFESA: Carlos César do Salão Brasil; Patinhas do Motoristas; Fontes da Sapataria e Zé Bituca do Kussumoto “A”.

MEIO CAMPISTAS: Danilo do Independente; Luiz Gomes do Kussumoto “B”.

ATACANTES: Cláudio Belon da Rádio; Walter Alves do Alfa e Tonhá, da Eletrônica.

Depois de 41 anos, reencontramos no último domingo, o meio campista Danilo, do Independente (à esq.), e o atacante Tonhá, da Eletrônica (foto), que estiveram nesta seleção, comemorando o aniversário do amigo, Dr. Alfredo Tadashi Miyazawa. Na ocasião, grandes momentos foram recordados, de um tempo que não volta jamais. O Tonhá, por exemplo, nos falou que dificilmente ficava fora de uma seleção da rodada, pois sempre marcou belos gols. Já o Danilo afirmou, que por ainda estar em plena forma física e técnica, era considerado o “rei da marcação”. Teve jogo de fazer mais de dez desarmes, com isto a bola dificilmente chegava no  goleiro.

 

TONHÁ

 Antônio Carlos dos Santos, o “Tonhá”, nasceu em Jafa, e pertence a tradicional família de nossa comunidade. Foi um típico atacante, centroavante, jaqueta 9, e marcou muito gols, seja no futebol amador ou no suíço. Jogou entre os anos de 1965 e 1994. Com apenas 14 anos, já disputava o Campeonato Amador, pelo time do Rebelo. No ano seguinte, reuniu uma turma de amigos, e fundaram o Internacional, que mais tarde se tornaria o Induscômio, bicampeão amador nos anos de 1972/73. Depois, no ano de 1974, foi para o futebol suíço, defendendo a Eletrônica, por cerca de 20 anos. Foi campeão da modalidade em 1994, ano que encerrou a carreira. O Tonhá torce pelo Santos, aprecia um bom jogo de bola, que está difícil de assistir. Assim, como tem saudades da época de Pelé e Cia, quando o futebol era respeitado em todo o mundo. Na foto, Tonhá (esq.), Reinaldo Portelinha e Péba, posando com a faixa de campeão do Induscômio.

 

DANILO: 


Danilo João Pozzer, nasceu em Faxinal do Soturno, no Estado do Rio Grande do Sul, chegou em Garça nos idos de 1978, para não sair mais. Gostou tanto de Garça que a união ficou eternizada. Adora jogar bola, e tem aquela verdadeira raça gaúcha, um incansável em campo. Foi um respeitado ponta direita, jaqueta 7, lá na sua terra natal e região, defendendo dentre outros, os times do Imperial, Botafogo, e do distrito de Santos Anjos. Em Santa Maria/RS, época que cursou a faculdade de medicina/veterinária, também jogou muita bola.

Antes de chegar em Garça, morou e trabalhou na vizinha cidade de Lupércio, onde disputou o difícil Campeonato Regional de Marilia pelo time Lupercense.

Em Garça disputou o futebol suíço pelo Independente, onde foi bicampeão nos anos de 1982/83. Também foi campeão pelo Kosminho, na temporada de 1995, no último campeonato realizado no “terrão”. Depois, ainda, defendeu a Eletrônica, por vários anos, jogando como meio campista marcador.

Danilo teve uma carreira bem longeva, que começou aos 15 anos e foi até os 35. Mas que ainda não parou de correr atrás da bola. Aos domingos de manhã, pratica o seu futebol no GRUP/Grêmio Recreativo União Planalto.

Como bom gaúcho é fervoroso torcedor do Grêmio, e aqui em terras paulistas, tem simpatia pelo Santos, graças a um tal de Pelé, o “Atleta do Século”.

Veja uma das formações do Independente: em pé, da esquerda para direita: Marinho Corazza, Toninho Peres, Pedroso, Vermeio, Danilo, Burato e Alcides Vaz; agachados: Jair de Marchi, Lico, Caíque, Omar Travençolo, Zé Cláudio e Célio.


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