
Febre Aftosa: Garça realiza a última campanha de vacinação contra a doença, prazo vai até dia 31
Desde o último dia 1.º teve início a Campanha de Vacinação contra Febre Aftosa, que deve vacinar bovinos e bubalinos com faixa etária até 24 meses.
Desde o último dia 1.º teve início a Campanha de Vacinação contra Febre Aftosa, que deve vacinar bovinos e bubalinos com faixa etária até 24 meses. Conforme colocado pela Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA), a campanha prossegue até o dia 31 de novembro, e será a última ação no Estado de São Paulo.
A Inspetoria de Defesa Agropecuária de Garça é composta por sete municípios (Álvaro de Carvalho, Alvinlândia, Fernão, Gália, Garça, Lupércio, Ocauçu), com um rebanho em média de 160 mil cabeças.
Em Garça existem uma média de 43 mil cabeças e na Regional de Marília são mais de 380 mil cabeças de gado.
Vale salientar que devem ser vacinados apenas os animais até 24 meses e, além dos bovinos e bubalinos, é necessário declarar todos os animais de outros rebanhos existentes na propriedade, tais como ovinos, caprinos, suínos, equídeos (equinos, asininos e muares) e aves (granjas de aves domésticas, criatórios de avestruzes).
O criador que deixar de vacinar e de comunicar a vacinação estará sujeito a multas que variam de 03 a 05 UFESP’s por animal, sendo de 05 UFESP’s (171,30 reais) por cabeça que deixar de vacinar e 03 UFESP’s (102,78 reais) por cabeça que deixar de comunicar. O valor de cada UFESP - Unidade Fiscal do Estado de São Paulo é de 34,26 reais para o ano de 2023.
O produtor tem até o dia 7 de dezembro para declarar a vacinação.
A declaração da vacinação deve ser realizada, de preferência, por meio eletrônico, através do sistema informatizado Gestão de Defesa Animal e Vegetal l (GEDAVE). Quando não for possível, o produtor poderá acessar a declaração na internet (https://www.defesa.agricultura.sp.gov.br/www/programas/getdocdoc.php?idform=397) preencher e encaminhá-la por e-mail ou entrega-la pessoalmente na Unidade de Defesa Agropecuária mais próxima.
Recomendações
As vacinas contra febre aftosa devem ser adquiridas nas revendas autorizadas e mantidas entre 2°C e 8°C – desde a aquisição até o momento da aplicação – incluindo o transporte e uso já na fazenda. Devem ainda ser utilizadas agulhas novas para aplicação da dose de 2ml na tábua do pescoço de cada animal, preferindo as horas mais frescas do dia, para fazer a contenção adequada dos animais e a aplicação da vacina.
No momento da compra, o volume adquirido pelo criador é transferido, por meio do sistema, para o estoque da propriedade, o que facilita a declaração da vacinação pelo criador. A legislação proíbe o uso de vacinas adquiridas em etapas de vacinações anteriores.
A vacina deve ser mantida refrigerada entre 2 e 8 graus Celsius, tanto no transporte como no armazenamento, usando uma caixa de isopor, com dois terços de seu volume em gelo para que a vacina não perca sua eficácia, não podendo nunca ser congelada.
Última campanha
Em ofício publicado no dia 10 de agosto, enviado ao Governo do Estado de São Paulo, o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), em cumprimento ao Plano Estratégico do Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa (PNEFA), decidiu que São Paulo, após a etapa de novembro de 2023, passa a suspender a vacinação contra a febre aftosa. A medida faz com que São Paulo se torne zona livre da doença sem vacinação, assim como já ocorrido com os Estados do Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Tocantins.
De acordo com o documento, a partir de 1º maio de 2024, animais com origem em zonas livres com vacinação, caso de parte do Amazonas, Roraima, Pará, Amapá, Maranhão, Piauí, Ceará, Pernambuco, Paraíba, Alagoas, Sergipe, Bahia e Rio de Janeiro, não podem ingressar nos Estados que já suspenderam a vacinação.
“Isso será necessário porque o pleito para o reconhecimento internacional de zona livre sem vacinação está previsto para ser apresentado à Organização Mundial de Saúde Animal em agosto de 2024. A previsão de finalização da avaliação será em maio de 2025, cumprindo, então, o prazo de 12 meses sem o uso do imunizante e sem ingresso de animais vacinados nas áreas, conforme definições do Código Sanitário de Animais Terrestres daquele Organismo Internacional”, descreveu o ofício.
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