Secretário-adjunto da Saúde reclassifica Santa Casa, redireciona recursos e propõe melhor aproveitamento da estrutura. Quer implantação de Unidade de Terapia Semi-intensiva

            No início da tarde de quinta-feira, 4, o secretário-adjunto da Saúde do Estado, Wilson Modesto Pollara, visitou as dependências da Santa Casa de Garça, sendo recebido pelo superintendente João Luis Castro Vellucci, o diretor executivo da entidade, o anestesista, dr. Armando Hanzé; o diretor técnico da entidade, também vice-prefeito, o obstetra Marcos Lopes Miranda; representantes do Corpo Clínico, além de funcionários. Pollara chegou ao hospital acompanhado de assessores. Também estiveram presentes o prefeito e secretário municipal de Saúde de Garça.

            O secretário passeou por toda planta principal da Santa Casa – desde o subsolo até o segundo andar –, conhecendo todos os setores ligados à assistência direta à saúde, inclusive o Centro Cirúrgico, elogiando a otimização dos recursos ali aplicados – se fazendo muito com relativamente pouco – R$ 100 mil de repasse estadual e R$ 30 mil de recursos próprios.

Segundo Marcos Miranda, o objetivo da visita de Pollara à região é tentar resolver a questão da grande demanda local e regional de atendimento em Marília, sobrecarregando a estrutura existente naquela cidade, resultando em demorada espera.

“Sua ideia é descentralizar o atendimento e mesmo Garça ter sido evitada há anos ser incluída nesse programa, a superintendente da Santa Casa de Marília, Kátia Ferraz Santana,  lembrou/informou o secretário sobre a existência de um hospital em Garça – a nossa Santa Casa –, que poderia, tranquilamente, absorver parte dessa demanda regional, especialmente na parte cirúrgica”, disse o obstetra, acrescentando que ela teve importante papel nessa intermediação com o secretário Pollara e também junto ao diretor da DRS (Divisão Regional de Saúde) IX – Marília, Luís Carlos de Paula e Silva, promovendo, imediatamente, sua visita ao hospital de Garça, colocando-os a par, com detalhes, da situação financeira da Santa Casa de Garça, mas também de sua ótima condição estrutural para absorver certa demanda regional.  

Marcos Miranda informou ainda que Pollara visitou a Santa Casa de Garça e “adorou o hospital”. “Na opinião do secretário, nosso hospital tem uma ótima estrutura para realizar seu intento – tornar um hospital cirúrgico, mudando, inclusive, sua classificação, de Apoio para Estratégico, ou seja, de pequeno para médio porte. Isso faria com que Garça abrangesse cidades como Alvinlândia, Lupércio, Fernão, Gália, entre outras, que hoje enviam seus pacientes de cirurgia de pequeno e médio porte, para Marília”. Assim, Garça está entre os mais de 100 hospitais que terão mudada sua classificação, recebendo assim incremento de verba para oferecer mais atendimentos. “Isso ajudará a manter o equilíbrio financeiro da Santa Casa”.

 

MELHORANDO A ESTRUTURA – Pollara chegou a sugerir a abertura de mais salas cirúrgicas e falou até na implantação de uma Unidade de Terapia Semi-intensiva para atender esses casos pós-cirúrgicos (não de alta complexidade, pois em situações assim, estes são transferidos para outros centros).

Sobre leitos de desintoxicação, o secretário é da opinião de que deve ser implantados em outra ala do hospital que não o primeiro andar e sim ali, a Unidade de Terapia Semi-intensiva. “Ele entende que o hospital está sub-aproveitável. E ainda na questão da classificação para Hospital Estratégico, isso significará uma incrementação de verba muito grande”, assinalou Marcos Miranda.

 “Faz mais 10 anos que temos falado que este hospital precisa realizar mais cirurgias, dar apoio na questão regional, mas não temos sido ouvidos. Pollara incumbiu o diretor da DRS-Marília, dr. Luís Carlos, para que reestruturem todas as verbas da região e, assim, dobrem os recursos de Garça, para fazer isso funcionar”, disse o vice-prefeito e diretor técnico da Santa Casa.

 

DÍVIDAS – O secretário-adjunto Wilson Modesto Pollara foi informado pelo superintendente da Santa Casa de Garça, João Luis Castro Vellucci, que a instituição amarga um déficit mensal de cerca de R$ 250 mil e este garantiu que com essa nova estruturação que propõe, o problema será eliminado. “Isso vai acabar”, enfatizou o secretário.

Quanto às dívidas acumuladas da Santa Casa, o que foi lembrado pelo prefeito municipal durante a visita, Pollara, saindo em defesa da instituição local  foi enfático ao também lembrar que esta é uma situação nacional entre Santas Casas e centenas de outros hospitais filantrópicos e que há um estudo que caminha para o perdão delas – das dívidas –, o que deverá trazer um novo fôlego em sua gestão. “Todas as Santas Casas devem milhões. Mas fica tranquilo, prefeito, que essas dívidas serão perdoadas”.

“Isso tudo vem ao encontro daquilo que ansiamos, para poder tocar esse estabelecimento com novas perspectivas. E nós achamos excelente o que ele está propondo e vem ao encontro do que estamos querendo mesmo”, comemorou Marcos Miranda, destacando ainda que Pollara também afirmou que a Santa Casa não deve manter vínculo com a UPA (Unidade de Pronto-Atendimento) do Município, a não ser para receber os casos cirúrgicos e internações, eliminando até, se possível, alguma ligação territorial, pois cada segmento trabalha sob óticas diferentes.

“Esta visita do secretário-adjunto Wilson Pollara fez nascer uma nova esperança para a nossa Santa Casa. Vejo isso até como um milagre o que está acontecendo e vamos trabalhar para que tudo isso se confirme no menor tempo possível”, arrematou Marcos Miranda na condição de diretor técnico do hospital. (Texto e fotos Enviados pela Assessoria de Comunicação da Santa Casa de Garça)

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