Lucas Dias
29/08/2018
Região 

SP mobiliza municípios para vacinar crianças contra pólio e sarampo até sexta-feira (31)

Na última semana de campanha de vacinação, cerca de 11,9 mil crianças na região de Marília com idade entre 1 ano e menores de 5 anos precisam comparecer aos postos

A Secretaria de Estado da Saúde está mobilizando as cidades paulistas, incluindo as da região de Marília, para criar estratégias de sensibilização e facilitação dos pais e responsáveis para vacinarem seus filhos contra sarampo e paralisia infantil (poliomielite) até sexta-feira, 31 de agosto, data prevista para o encerramento da campanha de vacinação.

A finalidade da convocação é alcançar, no decorrer desta semana, a meta de 95% de imunização do público-alvo, que totaliza 2,2 milhões de crianças na faixa-etária de 1 ano a menores de 5 anos. Cada município deverá planejar as medidas com base nos cenários e possibilidades locais.

Em todo o Estado, já foram aplicadas mais de 3 milhões de doses de vacinas contra ambas as doenças, garantindo a imunização de mais de 1,5 milhão de crianças contra ambas as doenças, conforme aponta o balanço feito pela pasta com base nos dados informados pelos municípios.

Especificamente na região de Marília, foram aplicadas mais de 79,3 mil doses das duas vacinas, imunizando 39.788 contra pólio e 39.584 contra sarampo.

Para atingir o total do público-alvo regional, de 51,6 mil crianças, ainda é preciso aplicar 11.886 doses da vacina contra paralisia infantil e 12.090 contra sarampo. Por isso, é fundamental que os pais ou responsáveis levem as crianças que ainda não foram vacinadas aos postos. Alerta especial é direcionado aos pais com crianças com 1 ano de idade, faixa que ainda apresenta 68% de cobertura para ambas as doenças. Entre os demais, de 2 a menores de 5 anos, a cobertura é superior a 77%.

 “Contamos com apoio das Prefeituras, bem como dos pais e responsáveis, para que as crianças sejam levadas aos postos nesta última semana da campanha. É uma responsabilidade coletiva aumentar a cobertura vacinal contra poliomielite e sarampo entre esse público-alvo e, assim, garantir a proteção contra as doenças”, afirma a diretora de Imunização da Secretaria, Helena Sato.

A vacina é contraindicada para crianças imunodeprimidas, como aquelas submetidas a tratamento de leucemia e pacientes oncológicos. A Secretaria também orientou as prefeituras paulistas para que as salas de vacinação façam a triagem de crianças que tenham alergia à proteína lactoalbumina, presente no leite de vaca, para que estas recebam a vacina contra sarampo produzida pelo laboratório BioManguinhos. Além deste produto, os municípios também estão recebendo a vacina produzida pelo Serum Institute of India, enviada pelo Ministério da Saúde, e que contem a referida proteína. Essa vacina poderá ser aplicada normalmente nas crianças não alérgicas.

“Não há motivo para preocupação. No Brasil, a incidência de alergia ao leite de vaca é de 2%, portanto, trata-se de uma situação rara”, explica Sato. A reação alérgica pode ter como sintomas coceira, náusea, diarreia nas duas primeiras horas após a ingestão do alimento ou produto com o componente. Diante de qualquer suspeita, os pais ou responsáveis devem levar as crianças ao médico.

Em São Paulo, a campanha foi iniciada em 4 de agosto, com um ‘Dia D’ extra feito exclusivamente no Estado. O segundo ‘Dia D’ ocorreu em 18 de agosto, quando 5,8 mil postos de vacinação fixos e volantes estiveram em funcionamento, mobilizando mais de 38,4 mil profissionais. 

Não há registro de casos de paralisia infantil em SP há 30 anos e, desde 2000, não existem casos autóctones de sarampo no Estado.


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