Lucas Dias
14/09/2018
Variedades 

Inadimplência do consumidor subiu 3,63% em agosto

Pesquisa do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) aponta que o indicador de inadimplência do consumidor avançou 3,63% no último mês de agosto.

Pesquisa do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) aponta que o indicador de inadimplência do consumidor avançou 3,63% no último mês de agosto. Segundo a apuração, o indicador cresceu pelo 11º mês seguido na comparação anual da série histórica, e estima-se que aproximadamente 62,9 milhões de brasileiros estejam com o contas atrasadas, o que representa quase a metade da população brasileira adulta.

Apesar do aumento de brasileiros com as contas atrasadas na comparação anual, o dado mensal registrou uma ligeira queda na taxa de inadimplência na passagem de julho para agosto, diminuindo em 0,71% a quantidade de pessoas com o nome sujo.

No total do crescimento registrado na comparação anual, o mês de agosto apresenta um crescimento modesto em relação aos meses de junho e julho, que registraram aumento de 4,07% e 4,31%, respectivamente.

A análise do indicador por região mostra ainda que, só na Região Sudeste, o aumento foi de 10,52%; seguido pela Região Norte, com alta de 3,76%; Nordeste (3,22%); Sul (2,76%) e Centro-Oeste (1.87%).

De acordo com a apuração, o ranking do número de inadimplentes por região é puxado pelo Norte, onde 49% de sua população adulta está com o CPF restrito, o que representa 5,9 milhões de consumidores negativados. Atrás estão o Nordeste, com 17,4 milhões de inadimplentes (43% da população adulta); o Centro-Oeste, com 5 milhões (42%); o Sudeste, com 26,1 milhões de negativados (39%); e o Sul, com aproximadamente 8,5 milhões de devedores (37%).

A pesquisa revela ainda que o aumento mais acentuado no número de endividados cresce mais entre a população idosa. Na comparação entre agosto de 2018 e o mesmo período do ano passado, aumentou em 9,56% a quantidade de inadimplentes com idade de 65 a 84 anos. Atrás estão os brasileiros com idade entre 50 a 64 anos, com alta de 6,26%; de 40 a 49 (4,77%); e 30 a 39 anos (1,69%). O indicador aponta também houve queda entre a população mais jovem, com idade entre 18 e 24 anos, que registrou recuo considerável de -23,20%, e na faixa etária entre 25 e 29 anos, com recuo de -5,63%

Em números absolutos, a maior parte de brasileiros com o nome sujo é compreendida na faixa dos 30 aos 39 anos, com 17,9 milhões de pessoas que não conseguem honrar seus compromissos financeiros. Na sequência, adultos com idade entre 40 e 49 anos (14,1 mi); entre 50 e 64 (13 mi); e idosos entre 65 e 84 anos (5,4 mi). Na população jovem, são 7,8 milhões de inadimplentes com idade entre 25 e 29 anos e 4,5 milhões de pessoas que tem entre 18 e 24 anos.

O indicador de inadimplência tem como foco de análise todas as informações disponíveis nas bases de dados às quais o SPC Brasil e a CNDL têm acesso. As informações disponíveis referem-se a capitais e municípios dos 27 estados brasileiros.

 


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