Fábio Dias
14/11/2023
Garça ACIG 

Fim de ano: número de vagas temporárias deve aumentar, segundo Associação Comercial de Garça


Com a proximidade do período natalino, algumas questões ocupam lugar de destaque na economia.

Com a proximidade do período natalino, algumas questões ocupam lugar de destaque na economia. Numa ponta o aumento de vendas, que traz maior circulação de capital e, num efeito cascata favorece muito segmentos da cadeia econômica. Como efeito do aumento de vendas e também como fator desencadeante, têm-se as contratações temporárias, que diminui a taxa de desemprego e traz efeitos na queda da inadimplência e aumento do consumo.

“Nessa época ficamos sempre na expectativa de um boom na economia, quer seja pelo aumento de vendas, quer seja pelo aumento de contratações, ainda que sejam temporárias. São dois fatores fortes, interligados que movimentam, sobremaneira, a economia no período natalino”, disse o superintendente da Associação Comercial e Industrial de Garça – ACIG, Fábio Dias.

De acordo com o dirigente, a ACIG está otimista e levando em consideração a expectativa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), que estima 108,5 mil vagas preenchidas, sendo o maior número de contratações dos últimos dez anos.

Esse número representa um crescimento de 5,6% em relação ao ano passado, quando foram 97,9 mil contratações. Se confirmada a expectativa, esse contingente de mão de obra será o maior desde 2013, quando 115,5 mil pessoas ocuparam vagas temporárias.   

“Isso nos torna ainda mais confiantes, o aquecimento que o Natal proporciona às vendas no comércio leva a contratações de trabalhadores temporários, que resulta em mais dinheiro circulando, em mais compras, em pagamento de débitos, em diminuição da inadimplência. É um círculo importante para a economia”, falou ele.

Segundo Fábio Dias, a movimentação começa em novembro e, mesmo sabendo que o mês de janeiro bate o recorde dos desligamentos, existe sempre a possibilidade de que alguns contratados sejam efetivados no mercado formal de emprego.

O dirigente lembrou ainda que, além do setor de comércio, a indústria e a área de serviços também são aquecidos.

“Até o momento os números nos trazem um cenário positivo. De janeiro até setembro o setor de comércio contratou 947 trabalhadores com carteira assinada e desligou 876, o que mostra que 71 vagas foram criadas. Na área de serviço o cenário também é positivo, já que foram criadas 227 novos postos de trabalho. Em outubro abrimos na cidade 73 novas empresas, englobando as diferentes natureza jurídica e o porte. Isso mostra que há um investimento na cidade, que pode, sim, resultar em aumento nas contratações temporárias”, frisou o dirigente.

 

Setores 

Segundo especialistas, o segmento de hiper e supermercados é o que mais deve contratar temporários, seguido por vestuário e calçado; utilidades domésticas e eletroeletrônicos; livrarias e papelarias; e móveis e eletrodomésticos. 

Apesar de hiper e supermercados concentrarem a maior parte das vagas, é o segmento de vestuário que mais é beneficiado proporcionalmente pelo Natal. 

De acordo com a CNC, “a desaceleração da inflação, em meio ao processo ainda inicial de flexibilização da política monetária [queda de juros], deverá impactar favoravelmente as vendas em segmentos menos dependentes da tomada de recursos por meio de empréstimos e financiamentos”. 

“Nesse cenário, a maioria das contratações é para vendedor, caixa e até armazenista. Todos os contratados trazem consigo a expectativa de serem efetivados. Por isso é importante que se dediquem, que conquistem os clientes e aqueles que os contrataram”, disse Fábio Dias.


Direitos trabalhistas 

O dirigente garcense lembrou que a forma de contratação comum no comércio em datas comemorativas, o emprego temporário é regulamentado por lei federal que garante aos empregados uma série de direitos semelhantes aos dos já efetivados, como descanso semanal remunerado, 13º salário, Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e Previdência Social. Mas há exceções, como não ter direito à indenização de 40% sobre o FGTS, aviso prévio e seguro-desemprego.

“Tudo deve ser devidamente explicado no momento da contratação e é importante seguir as leis trabalhistas, evitando transtornos futuros”, finalizou Dias.


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