
ACIG: pesquisa aponta que maioria das micro e pequenas empresas vai conseguir pagar o 13º dos funcionários sem problemas
Para 70% dos pequenos negócios, arcar com a obrigação será igual ou mais fácil do que em 2022, segundo pesquisa do Sebrae-SP
Para 70,2% das micro e pequenas empresas (MPEs) do Estado de São Paulo, com empregados com direito a receber o 13º salário, pagar o 13º salário dos funcionários será igual ou mais fácil este ano do que em 2022. O número é da pesquisa Indicadores Sebrae-SP.
Segundo o presidente da Associação Comercial e Industrial de Garça – ACIG, Mauro José de Sá, esse grupo de MPEs está dividido da seguinte forma: para 56,8% não há diferença para cumprir a obrigação financeira este ano em relação ao ano passado e para 13,4% será mais fácil. Por outro lado, para 29,8% será mais difícil pagar o 13º este ano.
“A divulgação dessa pesquisa, realizada pelo Sebrae-SP, nos deixou felizes e aumentou as expectativas com relação à economia nesse final de ano. Ao manifestar não ter problemas para pagar o 13.º salário, é o mesmo que dizer, temos o dinheiro, a economia está caminhando. E o trabalhador, com esse dinheiro extra no bolso, movimenta a economia de forma geral, quer seja no pagamento de contas em atraso, como também na aquisição de novos produtos, nas compras para o final de ano, na reforma da casa, por exemplo”, disse o dirigente garcense.
De acordo com Mauro, o empreendedor se preparou para atender essas necessidades que já estão na grade econômica de final de ano. Ele disse isso indo ao encontro do resultado da pesquisa, que mostrou que 44,7% das MPEs com empregados com direito a receber o abono em 2023 fizeram provisões para esse pagamento, sendo que 28,9% começaram a reservar os recursos em janeiro; 21,1% iniciaram em junho e 12,5% em julho; 74,9% começaram a fazer provisões até julho.
Para 38,8% das MPEs que começaram a separar recursos depois de julho e para 31,7% das que não o fizeram está mais difícil pagar o 13º salário neste ano.
“Houve um planejamento e isso deve fazer parte da rotina do empreendedor. Ele tem mesmo que se planejar, e foi um planejamento a longo prazo. Quase 30% começaram a se preparar em janeiro. Já, segundo a pesquisa, entre as que começaram a fazer provisões até julho, 18,9% informam ter mais dificuldade para pagar o abono agora”, falou Mauro.
A pesquisa mostrou ainda que 47,2% sequer fizeram provisões. Destas, 31,7% alegam estar mais complicado arcar com o desembolso dos valores. Outras 8,2% não informaram quanto à reserva de recursos.
“Quando mais cedo a empresa começa a provisionar dinheiro para arcar com o 13º dos funcionários, menos dificuldade ela tem no fim do ano. Isso comprova que um planejamento financeiro bem feito é o melhor caminho, principalmente quando se trata de um compromisso obrigatório. Estamos sempre falando disso. Da importância em se planejar”, salientou o dirigente garcense, lembrando o apoio e as orientações prestadas pelo Sebrae Aqui.
“Temos esse serviço na Associação Comercial e sempre orientamos os empreendedores que tomem orientações técnicas com equipe especializada para que consiga, de forma segura e mais tranquila, seguir a programação e não ficar enrolado”, disse Mauro.
As MPEs do Estado de São Paulo empregam cerca de 5,013 milhões de pessoas com vínculos formalizados, de acordo com dados do Ministério do Trabalho e Emprego. Desse total, 56%, ou aproximadamente 2,8 milhões, têm empregados com direito ao 13º salário. Por lei, o trabalhador deve receber a primeira parcela do abono até 30 de novembro e a segunda até 20 de dezembro.
A pesquisa
A pesquisa foi realizada pelo Sebrae-SP com a Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade) em outubro com 1,7 mil MPEs. As entrevistas foram feitas por telefone.
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