Wanderley Tico Cassolla 

Da série "Recordar é Viver": Garça de ontem, Garça de hoje. Recebemos uma foto, perguntando onde ficaria a residência (mostrada na imagem) na cidade. Como a série não é somente futebol, mas também do cotidiano de Garça, fomos desvendar o mistério. Confesso que não foi difícil de achar, até porque, faz parte de nosso itinerário diário. Se tratava de um bonito casarão, creio que construída nos anos de 1950/60, no melhor estilo colonial. Está localizada no final da antiga Avenida Brasil, que depois mudou o nome para Avenida Dr. Rafael Paes de Barros, esquina com a Rua Alberto Alves, em homenagem ao grande prefeito, que comandou a cidade entre os anos de 1952 e 1955 e de 1960 a 1963. Também descobri que na casa residiu o senhor Antônio Eugenio Lemos de Brito e esposa (não lembro o nome), que era um artista/pintor de quadros. Conheci o filho dele, o Patú, chegamos a jogar bola juntos, época dos times de rua ( Vila da Estação x Vila Salgueiro x Vila Williams). Mas o Patú ficava na reserva "não era do ramo da bola", logo parou. Tal como este casarão, muitos outros foram construídos na cidade, época que Garça vivia o auge da lavoura do café, o denominado "ouro verde brasileiro", e chegou até receber o título de "Capital Nacional do Café" !!!!

Comentários

Depois que Tico Cassolla fez a publicação nas redes sociais, muitos foram os comentários a respeito das imagens publicadas e alguns leitores trouxeram detalhes da história.

“Patú era também correndo de Kart. Certa vez ele correu em Agudos, onde residi entre 1981 e 1983 , e assisti a corrida com familiares de Garça que ali moram . A prova era de rua e assisti do jardim da casa . Lembro que ele foi saudado , gritado o seu nome , por todos quando ele passou na frente da residência . Ao lado da casa do Patú,, residiam o Sr. Luiz Williams e sua esposa dona Ieda com os filhos Bill e Luizinho , crianças amigas de minha mãe”, postou Luiz Maurício Teck de Barros.

Segundo Ludgério Rodrigues dos Santos “A Yedda e dona Wilma cederam o terreno para passar a rua, ela contava essa história”.

O leitor lamenta que a casa esteja deteriorada, e lembra que a mesma foi palco de tragédia.

“Antes da dona Wilma falecer fui lá avisar a Marjorie, que o Luizão, filho da Yedda, havia falecido em Piracicaba e ela pediu para subir visitar dona Wilma, na época acamada, hoje falecida”, continuou Ludgério..

Silvana Almeida coloca que, de fato, a tragédia abalou a família e lembra que ‘Dona Wilma’ foi sua cliente de manicure. 

“Antônio Eugenio, artista. Um grande pintor de quadros, verdadeiras obra de arte. Na minha época, na nossa época, acho que era a única casa com piscina em Garça. O Patú levava a gente para nadar lá às vezes. O Patú era meio que professor pardal, projetava bicicletas que perambulavam na grande ave. Ahhh e tinha um projeto de um chevy antigo, com motorzão, etc. Mas criminosos acabaram com a vida dele. Bela família!!!!”, comentou Pedro Gimenes.

“Wilma Leonor Marieta Nina Barros de Lemos Brito. Será que acertei o nome completo da dona Wilma?”, inquire Ademir Bardela.

“Outra tragédia, que deixou a cidade toda muito triste, o falecimento do Patú. A casa foi assaltada, e ele tentou defendê-la , e foi morto pelos bandidos”, postou Paulo Agberto de Toledo Ribeiro.

“Antônio Eugênio Schloback de Lemos Brito e a esposa dona Wilma Barros”, postou Gi Barretto, enquanto Orilene Z. Felíx traz o nome não lembrado por Tico Cassolla “Se não me engano a esposa chamava Beatriz e tema filha chamada Marjorie”

Enquanto Ludgério se recorda que ‘Dona Wilma’ tinha um Aeroillys na época, e  andava toda imponente, Jabu Anízio alerta para o que pode ser o fim de uma etapa: “ Está casa está com vários problemas de estrutura poderá ser o fim de era histórica. Dos grandes fazendeiros que dominaram Garça por muitos anos. Os Reis da cafeicultura”.

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