Separar contas pessoais e empresariais é fundamental para a saúde financeira dos negócio

Uma das maiores dificuldades enfrentadas pelos empreendedores é a separação entre contas pessoais e empresariais. De acordo com a Associação Comercial e Industrial de Garça-ACIG, embora isso possa parecer irrelevante, na verdade, é um aspecto fundamental para o crescimento dos negócios. 

“Muitos empreendedores costumam misturar suas contas pessoais com as da empresa, o que pode gerar complicações. Separar as contas é um passo essencial para quem deseja expandir e garantir a saúde financeira do seu negócio. Além disso, essa prática facilita o controle sobre despesas e receitas, permitindo que o empreendedor compreenda melhor a situação financeira da empresa”, pontuou o superintendente Fábio Dias.

De acordo com o superintendente, é uma questão de gestão financeira, mas a ACIG traz algumas orientações sobre o assunto que, muitas vezes, atrapalha o crescimento de muitos negócios.

Para o dirigente, muitos empresários tomam decisões erradas, acreditando que podem corrigir as contas do negócio aplicando seu próprio dinheiro ou, em outros casos, retirando o que é do fluxo de caixa da empresa para que possam utilizá-lo na sua vida pessoal.

Dicas

Elencando algumas dicas, já apontadas pelo Sebrae, o dirigente garcense coloca que o primeiro passo é abrir uma conta empresarial.

“Este é o primeiro passo, administrar o dinheiro em uma conta bancária específica para a empresa. Ter uma conta exclusiva ajuda a evitar que o dinheiro pessoal se misture com o da empresa”, disse ele.

O segundo ponto apontado pelo dirigente é registrar todas as  transações. Para isso o empreendedor deve utilizar ferramentas de gestão financeira para registrar receitas e despesas. Isso contribui para um controle mais eficaz.

Outro ponto importante é definir um salário.

“O que especialistas apontam é que é comum que os sócios retirem seus salários do lucro, mas isso não é adequado. O salário dos sócios, conhecido como pró-labore, deve ser retirado antes do cálculo do lucro e deve ter um valor fixo. Essa prática, de acordo com os especialistas,  evita retiradas aleatórias que podem desorganizar as finanças”, disse Dias.

Organizar as finanças é outro ponto citado pelo dirigente. Segundo ele, é fundamental que todas as contas da empresa sejam pagas antes do cálculo do lucro. Isso garante que nenhuma pendência fique para trás e que o negócio não enfrente dificuldades financeiras posteriormente.

De acordo com orientado, os empreendedores devem ter a consciência de que o lucro deve ser utilizado para novos investimentos, reservas financeiras e possíveis bônus para funcionários. 

“Manter isso em mente ajuda o empreendedor a ter um maior controle financeiro. Separar as contas pessoais das empresariais é mais do que uma boa prática; é um passo essencial para o sucesso do empreendimento”, disse Dias.

Consequências de misturar as duas finanças

Reforçando seu papel, enquanto auxiliador no crescimento econômico dos empreendedores, dos comerciantes, a  ACIG aborda algumas consequências de colocar/retirar dinheiro da empresa/vida pessoal sempre que precisar. 

- Contas ‘maquiadas’, que não fecham com a real situação da empresa. Consequentemente, pode-se ter problemas em períodos futuros quando não há aporte (ou há retirada indevida), de valores, comprometendo o negócio;

- Falta de transparência nas contas, principalmente para quem deseja apresentar seu plano de negócios para prospectar outras empresas;

- O empresário torna-se refém de um dinheiro que entra, para a empresa ou sua vida pessoal, criando dificuldades quando falta valores em uma das duas pontas;

- Dívidas, corporativas ou particulares, que podem virar uma bola de neve.

“Essa mistura das contas pode, inclusive, trazer problemas legais, principalmente os fiscais. Também fica mais difícil conseguir investimento ou financiamento”, colocou o superintendente.

.

Benefícios 

Fábio Dias também elencou alguns benefícios quando se separa as contas pessoais e empresariais :

- É mais fácil controlar os gastos e identificar custos desnecessários. 

- É possível tomar decisões mais estratégicas. 

- É possível calcular o Retorno Sobre Investimento (ROI) de forma mais adequada. 

- Evitar problemas legais. 

- É possível evitar o descontrole financeiro e o endividamento. 

- É possível cumprir com as obrigações fiscais, pois a tributação de pessoas físicas e jurídicas é diferente

 

 

---