Se você é trabalhador com carteira assinada (CLT) e tem ou pensa em contratar um empréstimo consignado, vale a pena ficar de olho nas novidades anunciadas pelo Ministério do Trabalho. A boa notícia é que mudanças importantes estão em andamento para deixar o crédito mais justo e com juros mais baixos.

O que mudou no crédito consignado para CLT?

O governo está atualizando as regras do chamado Crédito do Trabalhador, uma nova plataforma para organizar e melhorar o acesso ao empréstimo consignado no setor privado. Esse sistema entrou em vigor em março e promete mais transparência e melhores condições para o trabalhador.

Desde o anúncio, já está acontecendo a migração de mais de 4 milhões de contratos antigos (firmados antes de março) para esse novo modelo. No total, esses contratos somam mais de R$ 40 bilhões. A previsão é que essa migração seja finalizada até novembro de 2025.

E o que é essa tal “portabilidade”?

Portabilidade é o direito de levar seu empréstimo para outro banco que ofereça condições melhores – como juros menores, por exemplo. Com as novas regras, os trabalhadores CLT terão mais liberdade para comparar e escolher a instituição que mais compensa financeiramente.

Desde o dia 25 de agosto, os contratos feitos já dentro da nova plataforma do Crédito do Trabalhador (ou seja, depois de março) já podem ser refinanciados ou transferidos para outro banco. Para esses contratos mais recentes, a portabilidade total começa em outubro, pela Carteira de Trabalho Digital.

Garantia do FGTS: mais uma vantagem

Outra grande novidade é o uso do FGTS como garantia do empréstimo. A partir de novembro, será possível usar:

Até 10% do saldo do FGTS como garantia;
Mais 40% da multa rescisória, em caso de demissão sem justa causa.
Isso dá mais segurança para os bancos e, como consequência, pode reduzir os juros para o trabalhador.

O que isso muda na prática?

Com essas mudanças, a expectativa é de que os juros do consignado privado comecem a cair. O Banco Central já divulgou um levantamento recente que mostra como as taxas variam bastante entre os bancos — de 1,47% a 6,1% ao mês. Ou seja, poder escolher a instituição com melhor taxa pode significar uma grande economia no fim do contrato.

 

Fonte: Ministério do Trabalho

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