Comunicação ACIG
12/09/2025
Garça ACIG 

Pesquisa aponta expectativa positiva para o comércio no segundo semestre

O comércio brasileiro inicia o segundo semestre de 2025 com expectativas moderadamente otimistas. A combinação de inflação em desaceleração, possível queda nos juros e mercado de trabalho aquecido abre espaço para uma recuperação gradual das vendas. No entanto, o alto custo do crédito e o endividamento das famílias ainda impõem barreiras ao consumo.

Para o presidente da Associação Comercial e Industrial de Garça (ACIG), Fábio Raniel, o momento exige equilíbrio entre planejamento e iniciativa.

“Apesar do primeiro semestre ter sido desafiador, estamos confiantes de que os próximos meses podem trazer resultados mais positivos. Se a inflação continuar em queda e os juros recuarem, o comércio poderá respirar melhor. Mas ainda é preciso ter cautela, principalmente com o crédito. A palavra de ordem agora é planejamento”, afirma Raniel.

O otimismo do setor é apontado na edição de agosto do Panorama do Comércio, publicação da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). O relatório confirma que o varejo manteve crescimento no primeiro semestre, mas em ritmo mais lento que o registrado em 2024.

Segundo dados do IBGE, as vendas do varejo ampliado avançaram 0,5% no primeiro semestre de 2025, enquanto o comércio varejista restrito cresceu 1,8% em relação ao mesmo período do ano passado. Apesar de positivos, os números indicam perda de fôlego, especialmente após retrações registradas em junho e julho.

Mercado de trabalho sustenta a atividade econômica

Mesmo com o cenário macroeconômico pressionado por juros altos e inflação resistente no início do ano, o comércio se beneficiou da resiliência do mercado de trabalho. O país gerou 1,22 milhão de vagas formais entre janeiro e junho, sendo 90.876 delas no setor comercial. A taxa de desemprego caiu para 5,8%, o menor índice da série histórica, e houve também uma redução na informalidade.

Esses fatores ajudaram a manter o consumo em níveis razoáveis, apesar das dificuldades no acesso ao crédito. A CNDL destaca que a recente estabilidade do dólar e a inflação abaixo das projeções em julho renovam a expectativa por cortes na taxa básica de juros (Selic) nos próximos meses.

“O comércio está atento. As condições estão melhorando, mas a recuperação depende de responsabilidade na gestão e confiança do consumidor. Estamos trabalhando para apoiar os empresários locais nesse caminho”, conclui Fábio Raniel.


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