Embora muito das tradições tenham ficado para trás com o avançar do progresso e da tecnologia, algumas coisas não perderam sua magia, sua ‘verdade’.

Embora muito das tradições tenham ficado para trás com o avançar do progresso e da tecnologia, algumas coisas não perderam sua magia, sua ‘verdade’. Durante a Quaresma não são poucos os católicos que se abstém de comer carne, fato que se acentua na Semana Santa. E se a carne vermelha sai da mesa e da panela, o peixe ocupa lugar de destaque. Os peixes são alimentos tradicionais da Semana Santa. Nesta época há uma procura muito grande pelo produto, que necessita, por exemplo, de boas condições de conservação para não colocar em risco a saúde das pessoas. Há quem se lembre em Garça, dos caminhões (peixeiros) que ficavam nas proximidades do atual Banco Bradesco, comercializando os peixes no dia da Sexta-Feira Santa.

“Hoje as coisas estão mudadas. As pessoas comem de tudo, dançam, bebem. Quando eu era criança mamãe nos impunha uma penitência severa. Não tinha carne em toda a quaresma e na Sexta-Feira da Paixão a gente só comia peixe. Nesse dia mamãe não fazia nada em casa. Não se tomava banho, limpava casa, lavava roupa. Era só reza e jejum”, fala Maria Caetana que aos 70 anos ainda se lembra do caminhão que vindo de Marília, ficava nas proximidades da antiga Delegacia de Polícia, vendendo peixes, em particular, sardinhas.

Muita coisa mudou. A carne entrou no cardápio durante a Quaresma e na Sexta-Feira Santa muitos afazeres são realizados. Ela não se priva do banho e de ir para o fogão, mas não abriu mão do peixe no “dia santo”.

“Sexta-Feira da Paixão sem a procissão e sem peixe não é Sexta-Feira da Paixão”, diz ela, lembrando outras tradições como os filmes santos no Cine São Miguel.

E para àqueles que, igual a senhora Maria Caetana, não abrem mão do peixe à mesa, não abrem mão de degustar um bom peixe, o Procon-SP dá algumas orientações para adquirir o produto com qualidade.

A primeira orientação é que o consumidor verifique o armazenamento do produto e as condições sanitárias do local e do vendedor. Os produtos congelados devem ser conservados sempre a temperaturas inferiores a -18ºC e resfriados, abaixo de 0ºC. Os peixes já fatiados e industrializados só devem ser adquiridos se estiverem carimbados pelo SIF (Serviço de Inspeção Federal). O pescado deve apresentar carne firme, olhos salientes e brilhantes, e escamas que não soltem facilmente.

Peixes secos, como bacalhau, não podem apresentar manchas úmidas ou avermelhadas, nem umidade, o que pode indicar presença de bactérias. Nas feiras livres, o peixe deve estar coberto e envolto por gelo picado, sempre protegido do sol e de insetos. No caso do camarão, este deve estar firme e com a carapaça presa ao corpo e o odor deve ser característico do produto, sem ser forte demais.

Caso os produtos sejam industrializados, orienta-se que o consumidor verifique as informações contidas no rótulo do produto, com data de validade. Havendo dúvidas quanto aos fornecedores e comerciantes de pescados, ou constando-se quaisquer irregularidades nos estabelecimentos onde esses alimentos sejam comercializados, deve-se orientar que o consumidor procure o órgão de vigilância sanitária para esclarecimentos.

Vale lembrar que os comerciantes são obrigados a cumprir as ofertas apresentadas em anúncios ou folhetos publicitários. Na hora de registrar a compra, o preço equivale a oferta divulgada, portanto o consumidor deve ficar atento e exigir que seus direitos sejam respeitados.

Em Garça o Procon atende à Rua Coronel Joaquim Piza, 192. O funcionamento é de segunda a sexta-feira, das 8 às 11 e das 13 às 16 horas e o telefone é 3406 5299.

 

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