Canto de Bodas (Letterio Santoro)
Em 08.06.1993, vinte e cinco anos atrás portanto, escrevi uma crônica no meu Diário de nº 25, da qual extraio hoje a primeira parte como introdução ao poema CANTO DE BODAS, comemorativo das bodas de prata da publicação de meu primeiro Poema das Cerejeiras denominado A FLOR DA FELICIDADE:
Em 08.06.1993, vinte e cinco anos atrás portanto, escrevi uma crônica no meu Diário de nº 25, da qual extraio hoje a primeira parte como introdução ao poema CANTO DE BODAS, comemorativo das bodas de prata da publicação de meu primeiro Poema das Cerejeiras denominado A FLOR DA FELICIDADE:
"Inspiração e oportunidade - Em homenagem ao sr. Nelson Ichisato, pai das cerejeiras, compus um inspirado e gracioso poema intitulado 'A flor da felicidade'. Coincidiram afinal a concessão do título de Cidadão Garcense ao sr. Nelson, e a festa das cerejeiras que ele ajudou a plantar e cuidar. Brotou mesmo do fundo do coração, porque pela empatia coloquei-me no lugar do velho imigrante que, em terra estranha, se lembrasse das cerejeiras delicadas de seu país natal. E num gesto feliz e paciente, o sr. Nelson fez o que os outros imigrantes japoneses teriam gostado de fazer: ambientar em nossas plagas a flor de sua infância, a flor da felicidade! E suas mãos, e seu coração, e sua perseverança conseguiram o milagre: transformar as margens de nosso Lago Artificial num pedacinho do Japão..."
Em homenagem aos 23 poemas das Cerejeiras dediquei o Poema de 2018, às vésperas da abertura da Festa deste ano, dia 28 de junho, poema a ser distribuído aos visitantes:
CANTO DE BODAS
“Cuidei delas que nem pai,
em silêncio e com carinho,
até um dia se abrir, ai !,
uma flor em um raminho.”
(L.S., estrofe de A Flor da Felicidade)
Há vinte e cinco anos, CEREJEIRAS,
eu canto a cada ano a vossa graça
de gentis bailarinas a encantar-nos
em torno ao Lago de Garça.
Cantei-vos em sonetos, CEREJEIRAS,
cantei-vos em gazal, em redondilhas,
em versos livres vos cantei também,
cantei vossas maravilhas.
Honra sempre ao cultor das CEREJEIRAS,
Nelson Koche Ichisato, o imigrante
que acreditou no sonho da florada
aqui como no Japão.
E estás presente, ó Pai das CEREJEIRAS,
nos vinte e três poemas, pai e filhas
sempre juntos, cantados para sempre
nos versos deste poeta.
Enquanto Garça for, e as CEREJEIRAS
estrelarem no inverno em volta ao Lago,
serás lembrado, ó Nelson, nos poemas
de tantos outros vates.
Chorai, porém, chorai, ó CEREJEIRAS,
chorai a ausência da Judite amada,
ao longo desse tempo companheira
nessa distribuição.
LETTERIO SANTORO - 08.03.2018
“Poeta das Cerejeiras de Garça” desde 2007
Membro da Associação de Poetas e Escritores de Garça
Comentários
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