O aparelho de raios X da UPA - Unidade de Pronto Atendimento - de Garça está em manutenção desde novembro de 2017. Mas não é por falta de ação das autoridades constituídas.

O aparelho de raios X da UPA - Unidade de Pronto Atendimento - de Garça está em manutenção desde novembro de 2017. Mas não é por falta de ação das autoridades constituídas.

A enfermeira Renata Branco, responsável pela UPA, explicou todos os passos tomados até agora.

Segundo ela, em matéria divulgada pela assessoria de Comunicação, no dia 6 de novembro de 2017 foi verificado que o aparelho começou a cheirar queimado. Foi então informado à Secretaria da Saúde, que os exames de raios X de imagem da UPA seriam realizados no Hospital São Lucas porque o aparelho da UPA tinha parado.

“Entramos em contato com a empresa, a Siemens, abrimos o chamado e um técnico foi enviado para ver o que havia acontecido com o aparelho. Foi verificado que uma placa tinha queimado e foi solicitada esta placa para a empresa. Em meados de dezembro a placa chegou e, quando o técnico foi trocar a placa, acabou encontrando outro problema, a fonte. Ele não havia conseguido detectar este problema antes. Foi solicitada uma nova fonte, importada, já que o aparelho é de uma multinacional de origem alemã”, disse a enfermeira.

A empresa foi então notificada juridicamente a empresa, visto que a fonte chegou somente em meados de fevereiro.

“Novamente solicitamos a presença do técnico, que é um engenheiro. Mesmo com a fonte, foi verificado pelo engenheiro da Siemens que haveria problema no tubo de raios X e no transformador. Nós acionamos a Secretaria de Saúde e a parte jurídica da Prefeitura para notificar, pela segunda vez, a Siemens”, falou Renata Branco em matéria divulgada pela assessoria. 

De acordo com a enfermeira, foi feito contato, via e-mail, e recebido um orçamento para o conserto, que foi de R$ 64 mil.

“Nós utilizamos o dinheiro de uma emenda parlamentar, de custeio, para comprar as peças. Elas chegaram no início de junho. Desta vez vieram dois engenheiros para o conserto. Eles perceberam que a peça nova, que eles tiraram da caixa, estava vazando óleo e não poderiam trocar, já que com o uso do aparelho o óleo aquece e nós teríamos problemas de novo. 

Daí, nova notificação para a Siemens através do jurídico da prefeitura, mais um pedido, e o novo tubo de raios X foi solicitado. A peça nova chegou no final de junho. Nos dias 28 e 29 de junho os dois engenheiros voltaram para Garça para efetuar a troca. Nestes dois dias eles não conseguiram fazer o equipamento funcionar e detectaram que há uma placa que precisa ser trocada. Eles fizeram uma nova solicitação e nós estamos aguardando a entrega desta placa. Os engenheiros colocaram que o aparelho está inoperante e, até agora, eles não deram um prazo para a chegada na placa", falou ela. 

Sobre as ações tomadas, a enfermeira Renata Branco esclareceu que em momento algum a Prefeitura, a Secretaria da Saúde ou mesmo a coordenação da UPA se omitiram em relação ao conserto.

A enfermeira salientou que há um contato via telefone, no call center da Siemens, que tem ciência de que o aparelho está inoperante.

“Nós sempre cobramos a empresa, porém ela não consegue consertar o aparelho", frisou a enfermeira.

Renata Branco estima que o gasto direto com o conserto do aparelho de raios X da UPA chega a R$ 90 mil. E finaliza: "Desde o início, em novembro, quando o aparelho parou de funcionar, nós estamos encaminhando os pacientes para o HSL, que fica ao lado da UPA, para realizar os exames. Pacientes que são acamados, que não tem condições de caminhar até o hospital, nós acionamos a ambulância do município para que faça o transporte destes pacientes, e em muitas vezes encaminhamos juntamente um técnico de enfermagem para realizar estes exames".

É importante lembrar que o departamento jurídico da prefeitura é acionado porque o Hospital São Lucas está sob intervenção municipal, que deve terminar no fim deste ano.

 

 

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