Lucas Dias
27/02/2019
Garça 

Com voto de Minerva, Câmara aprova projeto que muda dia e horário das sessões camarárias

Numa sessão tumultuada, com grande presença do público, a Câmara Municipal de Garça aprovou na segunda-feira, 25, o Projeto de Resolução que muda o dia e horário das sessões camarárias.

Numa sessão tumultuada, com grande presença do público, a Câmara Municipal de Garça aprovou na segunda-feira, 25, o Projeto de Resolução que muda o dia e horário das sessões camarárias. Como já era esperado, o projeto, que não foi discutido com a população, foi aprovado com o voto do presidente Wagner Luiz Ferreira que teve o papel de desempatar a votação. As sessões passarão a acontecer às segundas-feiras, às 8h30 e, em meio as muitas discussões e argumentos apresentados, o público presente, por vezes, se manifestou, mas a atenção ficou para o pronunciamento do vereador Reginaldo Parente (PTB), marcado pela emoção, pelo clamor e pela solidariedade.

O vereador, que terá suas funções legislativas e laborativas prejudicadas com a mudança, lembrou o apóstolo João em seu pronunciamento. Pedindo ao presidente da Casa e autor do projeto um repensar, ele colocou que “aquele que fala que ama a Deus, e não ama seu irmão, a verdade não está nele”.

Parente pediu uma oportunidade para que fosse realizada uma audiência pública e uma maior discussão entre os vereadores.

O vereador Antônio Franco dos Santos Bacana (PSB) comentou que o projeto pode ser uma retaliação as votações que Parente e Pedro Santos (PSD) vem fazendo. Os dois vereadores são os mais prejudicados com a mudança. Bacana foi aplaudido pelos presentes.

“Minha situação profissional bem como minha função legislativa ficarão prejudicadas. Gostaria que houvesse bastante seriedade. Como sempre faço, ouço a todos. É muito difícil essa noite e me vejo ente a cruz e a espada. Se votar contrário, pode ser que minha emenda não passe e minha função legislativa fique prejudicada. Se passar minha emenda, vai amenizar a situação, teria condição de exercer ainda que parcialmente a minha função como vereador. Não ataco meus colegas, mas espero que possamos chegar a um consenso, para que haja realmente uma participação da população e possibilidade de todos os vereadores participarem e haja uma melhoria em prol dos trabalhos”, disse ele, afirmando preferir crer que a Mesa Diretora não faria a retaliação sugerida por Bacana.

Parente afirmou a necessidade de se ouvir o maior interessado, que é a população garcense.

Emocionado o vereador votou contra o projeto, mesmo com o risco de ter sua emenda rejeitada. Os votos contrários foram de Reginaldo Parente, Pedro Santos, Antônio Franco dos Santos Bacana, Patrícia Morato Marangão (PMDB), Fábio Polisinani (PSD), Paulo André Faneco (PPS).


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