Lucas Dias
04/02/2020
Variedades 

Acolhimento dos alunos será destaque no retorno às aulas da rede estadual

Desde ontem, dia 3 de fevereiro, o acolhimento, componente que faz parte do programa Inova Educação, foi colocado em prática em todas as escolas da rede estadual de São Paulo, no início do ano letivo. Vale destacar que se trata de uma ação pedagógica, com o objetivo de dar as boas-vindas aos educandos e às equipes docente e gestora, integrando os estudantes entre si, com a unidade e funcionários, fortalecendo a conexão entre eles.


Desde ontem, dia 3 de fevereiro, o acolhimento, componente que faz parte do programa Inova Educação, foi colocado em prática em todas as escolas da rede estadual de São Paulo, no início do ano letivo. Vale destacar que se trata de uma ação pedagógica, com o objetivo de dar as boas-vindas aos educandos e às equipes docente e gestora, integrando os estudantes entre si, com a unidade e funcionários, fortalecendo a conexão entre eles.

O ato de acolher tem o propósito de despertar nos estudantes o sentimento de pertencimento, e, principalmente, permitir seu desenvolvimento integral. “Não tem hora nem local específico para acontecer. É uma postura que envolve duas vontades: a de ser acolhido, que vem da infância, dos braços de mãe, e a de acolher, de ouvir o outro, de mostrar o quanto ele é querido e acolhido”, destaca Cristina Mabelini, coordenadora da Escola de Formação e Aperfeiçoamento dos Profissionais da Educação “Paulo Renato Costa Souza” (EFAPE).

Para Cibele Sbrissa, vice-diretora da Escola Estadual Capitão Vitório Togni, em Cabreúva, no interior de São Paulo, o acolhimento estimula capacidades socioemocionais como o olhar para o outro. “Em Cabreúva, trabalhamos sempre a empatia. Nossa dinâmica funcionava em grupo, com os alunos se apresentando e falando características positivas de quem estava do lado. Isso gerava uma empatia imediata e criava um senso se pertencimento que se estendia para o ano”, ressalta.

Outra proposta da ação é fazer com que os alunos reflitam sobre o seu Projeto de Vida, um dos três novos componentes da matriz curricular, que também traz Tecnologia e Inovação e Eletivas. “Gostamos de falar no acolhimento que o Projeto de Vida não precisa ser necessariamente algo profissional. Pode ser qualquer tipo de sonho. E também gosto de dizer que sonhar é muito bom, mas realizá-lo é melhor ainda”, explica Giovana Nicolluci, estudante do 3º ano do Ensino Médio na Escola Estadual Reverendo Augusto Paes de Ávila, em Praia Grande.


Início das aulas

O primeiro dia de aula foi voltado para o acolhimento, com dinâmicas em grupo, conduzidas pelos próprios alunos, para o registro dos sonhos. A ideia é de que os educandos sejam estimulados a pensarem sobre os passos que precisarão seguir para concretizar o que desejam, assumindo uma postura protagonista na sua trajetória escolar. Uma atenção especial também é feita com alunos de EJA – Educação de Jovens e Adultos, e estudantes migrantes.

Os registros das atividades comporão o portfólio de cada estudante. As informações serão sistematizadas pela gestão escolar e compartilhadas com os outros docentes, como forma de subsidiar, por exemplo, a elaboração das disciplinas Eletivas, que devem estar relacionadas aos Projetos de Vida dos alunos.

Além disso, o acolhimento prevê dois papéis. No fim do ano letivo de 2019, alguns estudantes de cada unidade escolar foram selecionados e formados para se tornarem jovens acolhedores, tarefa que irão desempenhar no começo deste ano. Os professores também serão acolhidos, em atividades separadas, mas também realizadas pelos jovens acolhedores, com o objetivo de integração entre os pares e melhoria do clima escolar.

A grande missão é fazer com que a escola dialogue com os sonhos dos estudantes e que os jovens percebam a relação que as atividades escolares têm com os sonhos, enxergando o sentido da escola na vida. Nessa trajetória, o papel do educador é fundamental no incentivo e no apoio durante todo o processo.

 


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